sexta-feira, 11 de março de 2011

Sétimo pior terremoto da história mundial atinge a costa nordeste do Japão


Sétimo pior terremoto da história mundial atinge a costa nordeste do Japão
Opera Mundi 11 de março de 2011 às 10:43h

A costa do Japão foi atingida hoje (11/03) por um terremoto de magnitude 8,9 graus na escala Richter, um dos mais intensos dos últimos anos, de acordo com especialistas. O epicentro foi na costa próxima à província de Miyagi, a 373 quilômetros da capital. Autoridades japonesas informam que, pelo menos, 26 pessoas morreram em decorrência do tsunami (ondas gigantes).

A Agência Meteorológica do Japão emitiu alerta de tsunami para ondas de até 10 metros em toda a costa do Pacífico. As ondas podem atingir também as Filipinas, o Havaí, a costa pacífica da Rússia, a Indonésia, Taiwan e mesmo países da América do Sul, como o Chile.

Em Sendai, capital da província de Miyagi, os sismógrafos registraram tremores de até 7 graus na escala japonesa. A energia elétrica e o gás foram cortados na cidade. Outras duas réplicas, de magnitude inferiores a 6 graus, atingiram o arquipélago e fizeram com que os prédios na capital balançassem continuamente.

O epicentro do abalo ocorreu no fundo do mar, a uma distância de 160 quilômetros da costa, no mesmo local onde foi registrado um terremoto de 7,3 graus na última quarta-feira. A TV pública NHK mostrou imagens de barcos e carros sendo arrastados pelo tsunami na região mais a leste de Tóquio.

Muitas casas e regiões agrícolas foram atingidas pelas águas. Em Chiba, tanques de uma companhia de gás pegaram fogo e há risco de explosão na área. Um prédio ficou em chamas na ilha futurística de Odaiba, em Tóquio.

Os trens e o metrô pararam de circular e milhares de pessoas deixaram os altos edifícios comerciais da capital, Tóquio, o que lotou as ruas da cidade. Em 1933, um terremoto de magnitude 8,1 graus na escala Richter atingiu a região metropolitana de Tóquio e matou mais de 3 mil pessoas.

Localizado no chamado Anel de Fogo do Pacífico, o Japão é atingido por cerca de 20% de todos os terremotos de magnitude superior a 6 graus que ocorrem no mundo. Há uma longa história de abalos sísmicos no Japão, porém outras regiões do mundo também têm registros de abalos históricos, como o Chile, os Estados Unidos e recentemente o Haiti, cujo terremoto matou mais de 220 mil pessoas, em janeiro de 2010.

Em 22 maio 1960, houve abalos na região de Valdivia, no Chile, atingindo 9,5 graus na escala Richter. Os tremores provocaram 5 mil mortos e um tsunami, que chegou às costas do Havaí e das Filipinas, onde morreram 61 e 32 pessoas respetivamente.

Dois anos depois, em 27 março de 1964, abalos de magnitude de quase 9 graus na escala de Richter atingiram o Alasca e a costa Nordeste da Califórnia, deixando 121 mortos e um tsunami com ondas de 6 metros, que mataram mais 11 pessoas em Crescent City, na Califórna.

Há seis anos, em 26 dezembro 2004, um maremoto de 8,9 na escala de Richter, com epicentro em Aceh, na Indonésia, seguido de tsunami causou 229.866 mortos em doze países banhados pelo Índico.

No ano seguinte, em 28 março de 2005, abalos de 8,7 graus na escala de Richter atingiram a costa indonésia de Nias, com 547 mortos e mil desaparecidos. No ano passado, em 12 de janeiro, o Haiti foi devastado por um terremoto de 7 graus na escala Richter. Mais de 220 mil pessoas morreram e até hoje muitas famílias vivem em abrigos improvisados.

Em 27 fevereiro 2010, um terremoto de magnitude 8,8 graus na escala Richter atingiu o Centro e o Norte do Chile. A estimativa é que 525 pessoas morreram e 25 desapareceram, houve ainda prejuízos materiais e o país até hoje passa pelo processo de reconstrução. Os tremores também foram acompanhados por um tsunami que matou 156 pessoas nas zonas costeiras do Chile e no arquipélago Juan Fernandez.

Hoje o Japão foi atingido pelo terremoto de magnitude 8,9 graus na escala Richter, um dos mais intensos dos últimos anos, de acordo com dados de especialistas. O epicentro foi na costa próxima à província de Miyagi, a 373 quilômetros da capital. Autoridades japonesas informam que, pelo menos, 26 pessoas morreram.

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