quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Aquarela Manchada... A Arte Borrada...

Quem Vai
Da à cara pra bater
Nessa escuridão onde há luz
E não quer se perceber.
Salve a pureza
Os corações puros
Pureza triste
Mas que ainda existe e resiste
As mãos que consomem
Separam a carne
Mudam as cabeças de lugar...
Aquarela Manchada
A Arte borrada
O que resta é o amor
O amor suporta a dor?




“A música deveria inflamar o coração do homem e trazer lágrimas aos olhos da mulher.”
(Beethoven)



Desde que a arte se tornou ideológica, ou seja, a obra deixou de ser um produto artístico estético para se tornar apenas uma ideia. Aliada a ideologia capitalista, a indústria cultural pelos meios da comunicação de massa passou a determinar os modismos, as escolhas e a manipulação do gosto, criando com isso seus deuses e reis.
Na música, considerada por Schopenhauer como “arte suprema”, no século XX com a invenção do disco e do rádio, ela aos poucos começou a se tornar acessível, se globalizando e com isso começou a aparecer os primeiros artistas pop.
Assim como a Alemanha nos séculos passados produziu alguns dos maiores compositores da música erudita, os Estados Unidos por sua vez foi o que mais criou os gênios da música nas últimas décadas, seguida pelos ingleses, mas estes para se afirmarem tinham que se consagrarem em solo americano.
É inegável a contribuição para a cultura à criação dos estilos surgidos na América: O Jazz, o Blues, o Soul, o Rock, o Country. Gêneros que evoluíram e muitas vezes se misturaram para se tornar à base de quase toda música ocidental.
Hoje com as mudanças que ocorreram no mundo a partir das revoluções tecnológicas é impossível dizer que ainda nascerá um fenômeno tal como foi os Beatles, Pink Floyd, Frank Sinatra, Elvis Presley, James Brown, Stevie Wonder entre tantos outros que marcaram seus nomes como clássicos do pop.
Porém, destes que foram grandes nomes e ainda continuam vivos, nem eles conseguem ser eles mesmos, como se suas mentes se atrofiassem para a criação, mas que mesmo assim continuam insistindo em manter o rótulo de pop star, quando gravam um disco novo não conseguem ser nem a sombra dos que foram e quando fazem shows são os famosos “caças níqueis” principalmente nos países de terceiro mundo.
Como é difícil um musico de talento no Brasil ganhar dinheiro, e como é fácil esses velhacos arrastarem multidões a estádios de futebol vendendo apenas a ideia do grande artista que eles foram e não a arte propriamente dita, digo não a arte porque eles mesmos a banalizam transformando-a apenas em industria.
Deleuze disse, a imanência é uma vida, assim então podemos afirmar: como não são chatos, John Lennon, Jimmy Hendrix, Jim Morrison, Janis Joplin, que morreram jovens. Não seria nenhum absurdo dizer, os mortos parecem que estão vivos e os vivos parecem que estão mortos, para dar exemplos brasileiros, esses dias ouvindo Renato Russo me dei conta que já faz mais de uma década da sua morte, como? Parece que foi ontem. O mesmo pode-se dizer de Cazuza: sempre jovens é agradáveis.
Outro fator que no Brasil colabora para a subsistência do artista da musica acima da média é o desprezo da grande mídia, assim por não fazerem parte do gosto do senso comum, a obra, por exemplo, de um Tim maia ou Raul Seixas permanece intacta da degradação.
Seguindo essa reflexão de mortos e vivos, creio eu não ser apenas uma questão de opinião, mas de bom senso, o asco que se tornou o “rei” Roberto Carlos e já faz algum tempo, ele seria muito mais ouvido e respeitado se tivesse parado nos anos 80 do século passado.
Chega a ser inaudível suas parcerias com Daniel, Padre Marcelo, Padre Maria e o não menos ultrapassado Caetano Veloso que com suas regravações chegou ao extremo do mal gosto, podendo até manchar uma carreira brilhante de até um tempo atrás, e além do mais, deixem o Tom Jobim em paz.
Se fosse seguido o exemplo de Chico Buarque que percebendo que não atingiria mais o mesmo nível se afastou, nos legando uma obra perfeita e sempre atual; imanente, uma lenda viva.
Se por um lado alguns defendem a morte da arte e esta substituída pela arte midiática ou, a arte que está em tudo, como pode haver essa substituição se arte midiática é artificialmente estimulada pelos meios de comunicação, de maneira alienada?
Como? Se a arte é, por excelência, contestação?
Para ir contra essa corrente sou obrigado a concordar com Nietzsche quando ele diz:
“ E como poderia haver um ‘bem comum’? A palavra comum é sempre coisa de pouco valor.Finalmente, é preciso que seja como sempre foi: as grandes coisas são reservadas aos grandes, as profundas aos profundos, as delicadezas e os calafrios às almas sublimes, numa palavra, tudo que é raro aos seres raros.’
Para esclarecer o porquê desta citação, o que difere um show dos obsoletos Elton John, Madonna, dos atualíssimos Calypso, dos fenômenos sertanejos que aparecem de uma hora para outra, além dos bípedes cantores do funk carioca?
É preciso esclarecer o chamado grande artista da música, não é porque vendem mais discos ou aparecem mais na mídia porque vendem revista e dão audiência e por esse motivo são considerados mitos, como é o caso de Michal Jackson.
Santo bizarro! O que de tão grandioso ele representa para a música?
Uma fase nostálgica de sua infância em comum com a maioria dos cantores lançados pela Motown e o fenômeno de Billie Jean e Thriller, que visto hoje sem a emoção da época chega a ser tão cômico quanto os detentos das Filipinas quando o imitaram.
Depois disso além do declínio e os fracassos de venda o que o deixou em evidencia a não ser a excentricidade?
Alias, nisso ele foi um gênio, mas achar que superexposição pela polemica é sintoma de genialidade,é pecar contra o espírito santo, é pecar contra a arte.
É claro que esse diagnostico de infecção generalizada na música,e na arte em geral, é quase irreversível, dificilmente os Estados Unidos e alguns canais de televisão aqui no Brasil de tempos em tempos não nos apresentarão a nova moda, mas ainda existem alguns músicos escondidos que ainda são autênticos, que nos dão a música com ênfase a melodia, a poesia, a reflexão, mas se o sucesso aparecer sempre irão entrar em um dilema:
Ou vendem a alma para o diabo, ou sobrevivem no inferno.

Marcos Ribeiro
Verão de 2009





Crítica à arte contemporânea
Segunda-feira, 20/5/2002


Maurício Dias

Não gosto de maior parte da dita arte contemporânea. Mas não tenho conflitos com os artistas que a praticam; todos têm direito a fazer arte. Uma criança de seis anos pode desenhar à vontade, bem como um paciente da Dra. Nise da Silveira podia produzir suas imagens da forma que lhe conviesse. A Dra. Nise, para quem não sabe, foi uma das idealizadoras de um projeto no Rio de Janeiro que incentivava seus pacientes psiquiátricos a praticarem arte.

A arte é uma forma de interação com o mundo, e sua prática é terapêutica a todos, até mesmo pelo simples axioma Machadiano: “Precisamos matar o tempo, ou ele nos mata.”

E desenhar, pintar ou esculpir são uma ótima forma de matar o tempo. Em mais de um sentido: se no século XVII o pintor holandês Vermeer matava o tempo desenhando, suas obras driblaram o tempo, eternizando o artista. O tempo não matou Vermeer, que ainda está entre nós.

Contudo, voltemos ao início do parágrafo anterior: minha briga não é com os artistas contemporâneos; mas com a mídia e os cadernos culturais, que dão um espaço hegemônico a instalações e abstracionismo. Inclusive, chegando a boicotar a boa arte figurativa, talvez por temer que a comparação fizesse o público ver que tem sido constantemente logrado.

Alguém pode argumentar que não há como estabelecer um parâmetro entre estilos tão díspares quanto, digamos, pintores da renascença e abstracionistas americanos. Sei que são mundos completamente diferentes, a pintura perdeu a necessidade de ser uma representação documental por causa da fotografia, mas parâmetros sempre existiram. Basta respeitar os contextos.

Um homem de 1,80 metro é um sujeito alto? Na geração do meu pai era, hoje em dia é comum. Na Suécia 1,80 m deve ser a altura média; na Indonésia deve ser bem alto; na Itália do período gótico seria um gigante. Olha como traçamos um parâmetro entre mundos completamente diferentes. E sempre existiram mais altos e mais baixos, mesmo antes de se convencionarem medidas como pés, polegadas ou centímetros. As medidas são apenas um critério.

Duccio, artista italiano do século XIV, pintava bem? Muito bem. Na sua época a questão da perspectiva não estava bem resolvida, o conhecimento de anatomia não pode ser comparado com o que o Renascimento mostraria duzentos anos depois; mas Duccio estava entre o que havia então de melhor. E resistiu ao crivo dos séculos, sendo grande até hoje.

Expressividade, composição das imagens, uso das cores, anatomia, perspectiva, estes são alguns critérios da pintura. Como polegadas ou centímetros são os critérios de altura.

Alguém pode perguntar: E a criatividade, o senso de observação, a inserção de caracteres pessoais na obra, a interação com o tempo em que se vive, não são critérios para avaliar uma obra visual?

Sim, é claro. Mas estes são critérios pertinentes à todas as artes. Aqueles que listei antes diziam respeito apenas às artes visuais. Uso das cores, anatomia, etc. não dizem respeito à obra de um músico, ou um escritor. Os critérios destas artes são outros, e para saírem-se bem os artistas destas áreas devem dominá-los.

Só o conhecimento pleno de seu métier liberta o artista para dar asas à imaginação. Não gosto de muita coisa que Picasso fez nas décadas de 20 e 30, mas é certo que se ele alcançou a libertação do jugo da forma foi justamente por dominar esta mesma forma em sua plenitude.

Hoje em dia, qualquer grafiteiro de quinze anos quer desconstruir. Não teve nem tempo de aprender a desenhar um pé, mas quer transgredir – embora nem mesmo saiba a que ele quer transgredir.

Uma analogia, para realçar a importância dos critérios: no futebol, que todos nós brazucas conhecemos bem, quando um jogador atinge outro é falta, punida com tiro livre direto. Uma falta mais violenta é punida com o cartão amarelo, a repetição de falta violenta deve ser punida com o cartão vermelho, que acarreta na expulsão do jogador faltoso.

Falta, cartão amarelo, cartão vermelho são critérios do futebol. Se, de uma hora pra outra, acabássemos com estes critérios, quem seria beneficiado? Os craques, como Ronaldinho Gaúcho, Kaká, Roger e Ricardinho? Ou os beneficiados seriam os pernas-de-pau, os caneleiros, os cabeças-de-bagre?

Pode-se alegar que com a abolição dos critérios se criaria um novo esporte: um porradobol, ou canelobol, que seria uma evolução e segmentação do futebol, como o são o futsal, o futvôlei. Tudo bem. Só que os astros do futsal e do futvôlei não têm, e acho que jamais terão, o mesmo reconhecimento que os craques dos gramados. Seja no número de paixões que despertam, seja no salário que recebem. Nas artes plásticas é o contrário. O filho rebelde ganha mais que o pai milenar, seja em espaço na mídia, espaço físico para exposições, seja em dinheiro pura e simplesmente. Tudo isto, em imensa parte, por causa do beneplácito da mídia.

Se a sociedade contemporânea procura abolir os critérios da pintura, talvez seja justamente por reconhecer que através deles não tem como competir com o passado. O que não é verdade para todos, até porque não há uma competição direta: o fato de eu saber que Rembrandt foi superior tecnicamente ao nosso contemporâneo Lucian Freud não me impede de gostar muito do segundo. E além de Freud, há muitos artistas que nos dias que correm seguem com qualidade a tradição figurativa - embora constantemente boicotados pela mídia, que mais e mais se vê voltada para um conceito algo estranho, fluido e volátil, que é este de “mercado de arte”. Arte é uma mercadoria? Também o é, claro, visto que pode ser comprada ou vendida, mas não é também uma expressão de sentimentos, idéias, saber? Deveria ser julgada pelo seu valor pecuniário ou pelo seu valor artístico?

Até porque este valor pecuniário é estabelecido num certo conluio marchands/críticos, como pode ser visto no livro de James Gardner, Cultura ou Lixo? (Culture or Trash?, Versão em português de Fausto Wolff, Editora Civilização Brasileira.)

Assim, na selva do vale-tudo contemporâneo os critérios seculares foram substituídos por um único e novo critério: bom trânsito com a mídia. E isto se consegue de muitas formas: no período de formação do artista – que é cada vez mais breve – entra-se para grupos e “escolas de artes visuais” que sigam os ditames da moda e já tenham espaço cativo nos periódicos; chama-se críticos de jornais para escrever textos de livros-portfólios, catálogos ou exposições – pois cada vez mais, não há arte visual contemporânea sem texto. A arte já não se explica por si própria, é preciso um texto para tentar ordenar aquele caos e traduzi-lo ao público.

Mais uma vez digo: minha briga não é com os artistas. Não concordo com a idéia de buscar fama e mercado em vez do saber. Mas a opção é deles, que fiquem em paz com suas consciências. E quanto a buscarem a aproximação e simpatia de críticos, eu não seria louco de os censurar por isto; o marketing e o cultivo das boas relações são necessários à sobrevivência do artista, ainda mais num mercado pequeno como o brasileiro. Minha crítica é aos críticos, que aceitam serem cortejados com festas, presentes, etc.

Um crítico que escreve por encomenda para determinados artistas sentir-se-á livre para criticar estes mesmos artistas depois? Ou procurará manter sempre um relacionamento cordial para no futuro obter novos “bicos”?

Enquanto isso, artistas de fora das panelas têm seu talento negado. E como isso é feito? Ora, os críticos de arte não podem falar mal de pintores figurativos que tenham evidente conhecimento de seu ofício. Até porque, se os críticos falassem mal, abririam espaço para uma resposta, geraria polêmica, e isso não interessa a aqueles que têm nas mãos, para usar ao seu bel prazer, uma das mais mortíferas armas de todos os tempos: a mídia. Assim, certos críticos adotam uma postura extremamente hipócrita: simplesmente não mencionam nunca a existência de determinados artistas. “Não posso falar mal, que o cara conhece arte e vai pegar no meu pé. Então o relego ao limbo. Não o menciono. Está tendo uma exposição dele? Não cito. Já que não posso falar mal, simplesmente ignoro.”

Em 2001 a exposição do espanhol Joaquin Sorolla no Rio de Janeiro foi ignorada pelo caderno cultural de um dos maiores jornais do Brasil. Quantas pessoas que poderiam ter se interessado pela obra não deixaram de ir ao Museu Nacional de Belas Artes simplesmente por não terem sido informadas, função esta que cabe aos jornalistas e críticos de arte? Se eu me queixo por isto, não é porque considere Sorolla uma vítima de nada. A um homem com um talento daqueles dificilmente poder-se-á atribuir a condição de vítima, visto que tal talento é uma bênção. Além disso, na sua terra natal sua obra é reconhecida e o museu que leva seu nome é bem apreciado. Ele já está morto há mais de sessenta anos, e teve uma vida confortável e produtiva; não lhe fará diferença nenhuma o fato de sua obra não ter sido devidamente admirada numa cidade de um país periférico. A vítima, quem sofreu com o silêncio sobre a exposição, foi o público carioca, que perdeu a oportunidade de ver uma grande obra.

E isto vive acontecendo em escala menor, com artistas nacionais, vivos, que se vêem privados do contato com o público, uma das metas da arte.

E este tipo de pensamento radicalmente anti-acadêmico, talvez até mesmo uma ideologia, já domina nossas faculdades de artes há pelo menos trinta anos. As provas e os cursos de mestrado em belas-artes tem um percentual enorme de arte contemporânea em sua bibliografia. Daí, quem não gosta de arte contemporânea muitas vezes desiste de fazer o mestrado. O que acarreta num controle cada vez maior desta – repito – ideologia sobre nossa intelectualidade.

Esta situação se repete pelo mundo todo, mas no Rio de Janeiro, particularmente, um fato contribuiu para isto: a transferência da Escola de Belas Artes da UFRJ do centro da cidade para a Ilha Universitária do Fundão. No centro, a escola estava próxima do Museu Nacional, assim como do núcleo vital da vida urbana: dos chopes da Cinelândia, da malandragem boêmia da Lapa, dos executivos engravatados – eventuais mecenas. No Fundão não há nada senão estudantes e professores. E chegar lá sem carro não é tarefa das mais fáceis, o que isola ainda mais o lugar.

Na época da transferência da EBA o centro do Rio ainda não estava coalhado de espaços culturais, iniciativas louváveis que se seguiram ao pioneirismo bem-sucedido do Centro Cultural Banco do Brasil. Hoje, com tantas casas de cultura no centro da cidade, seria ainda mais importante que os alunos de belas artes se beneficiassem de uma proximidade com tais espaços. Para sua própria formação enquanto estudantes, assim como para a divulgação de seus trabalhos.

Some-se a isto o fato de a pintura não ser uma arte totalmente integrada ao cotidiano brasileiro, sendo sua apreciação restrita às elites. Nos países de grande tradição em pintura, como Espanha e Holanda, qualquer cozinheira ou operário sabe dizer ao menos os nomes dos mais importantes pintores locais. Já aqui, onde há um volume de leitura insatisfatório, a educação pública é uma vergonha e o índice de analfabetismo funcional é alto, as palavras dos formadores de opinião ganham um peso enorme. Mesmo que eles sejam jornalistas sem nenhuma formação específica em artes. Aliás, todo crítico, em qualquer área, deveria estar minimamente inteirado da práxis do tema que vai abordar.

Como eu perguntei antes: Um homem de 1,80 metro é um sujeito alto?

Essa pergunta só faz sentido porque temos pessoas com menos de 1,80 m, pessoas que medem exatamente 1,80 m e pessoas que medem mais de 1,80 m. Numa sociedade homogeneizada, onde todos tivessem 1,80 m, a pergunta não teria sentido.

E é justamente uma homogeneização, um nivelamento por baixo que todo o sistema de ensino de artes, aliado ao despreparo/manipulação dos críticos está criando. Os efeitos já se fazem sentir em todas as exposições e galerias. Se não se lutar para reverter este quadro, estaremos perdendo décadas, dedicando espaço exagerado ao descartável. Depois será trabalhoso para recobrar o tempo perdido. Poderemos acabar tendo que, como no século XIX, importar professores europeus para vir aqui ensinar desenho e pintura, pois o conhecimento já adquirido por alguns nomes está sendo varrido para debaixo do tapete, em prol do oba-oba pós-moderno. Ou alguém acredita que autodidatismo e o do it yourself vão continuar sendo a tônica indefinidamente, e este troço de “professor” é coisa do passado?

Para ir além

Vou mostrar a seguir uma lista de links onde o leitor poderá, por seus próprios olhos fazer uma comparação entre artistas da antiguidade e contemporâneos de diversas tendências. Não vou, como muitos críticos fazem, omitir aqueles que não se enquadram em meus parâmetros. Veja tudo, e reflita você mesmo.

E já que falamos em artes, depois que o leitor se aventurar pelos links listados, recomendo a leitura dos ensaios de Affonso Romano Sant'anna, que podem ser encontrados em :
http://www.expressoarte.com/abertura2.htm

Sorolla
(Seu lugar deveria ser junto aos pintores do passado, último item desta lista de links. Ao invés disso, ele encabeça a lista apenas por ter sido o pivô de uma crise que me motivou a escrever na época várias cartas a jornais e revistas.)
http://www.getty.edu/art/collections/bio/a786-1.html
www.artchive.com/artchive/S/sorolla.html
http://www.allposters.com/gallery.asp?aid=85097&item=140934

José Bechara
http://www.pr.gov.br/maa/josebechara/obra01.html
(Para avançar, clique em “próxima”, no canto inferior direito. São vinte obras, que consistem em “oxidação sobre lona de caminhão”.)

Renata Cazzani
http://www.renatacazzani.com.br/br/cazzani.asp
(Clicando em “percepções” você poderá ver pareceres elogiosos à obra da artista escritos por Wilson Coutinho, crítico de arte que escreve ocasionalmente em O Globo. Já falei o que acho da proximidade crítico – artista em meu texto acima.)

João Câmara
http://www.joao.camarafilho.nom.br/pt/frme-pinturas.html
(Recomendo um clique na opção que mostra as pinturas do período 1990-1998. Clique nas pinturas desejadas para vê-las ampliadas. O moço sabe pintar.)
http://www.joao.camarafilho.nom.br/pt/index.html
(Aqui voce pode escolher entre pinturas, gravuras e desenhos.)

Eric Fischl
www.ericfischl.com
Com uma página só de estátuas em:
http://www.ericfischl.com/sculpture.htm
http://www.broadartfoundation.org/collection/fischl.html
http://www.gagosian.com/gg/artists/fischl/fischl.html

Lucian Freud
http://www.artchive.com/artchive/ftptoc/freud_ext.html
(Role a barra da direita para baixo e terá acesso ao menu das obras.)
http://www.nga.gov.au/freud/#

Ernesto Neto
http://www25.brinkster.com/eneto/
(Aí poderá ver obras com nomes como “Nave Óvulo Organoide” e “Vórtice Ogum Tempo”. Há também uma entrevista que poderá ser extremamente esclarecedora.)

Jasper Johns
http://www.moma.org/exhibitions/johns/works.html
http://www.philamuseum.org/exhibitions/exhibits/johns.shtml
http://www.artinaclick.com/search/results.asp?fk_Artist=4521

Mais abstracionistas
http://www.allposters.com/gallery.asp?aid=525505&item=290434
http://www.allposters.com/gallery.asp?aid=525505&item=201288
http://www.allposters.com/gallery.asp?aid=525505&item=153346
http://www.artunframed.com/abstract_art_prints.htm

Richard Serra
http://www.guggenheimcollection.org/site/artist_works_144A_0.html

Rubens
http://www.artunframed.com/images/artmis61/rubens14.jpg
http://www.artunframed.com/images/reynolds55/rubens179.jpg
(Veja a tigresa no canto inferior direito.)
http://www.artunframed.com/images/artmis61/rubens13.jpg
http://www.artunframed.com/images/reynolds55/rubens388.jpg

Tiepolo
http://www.artunframed.com/images/artmis63/tiepolo50.jpg

Caravaggio
http://www.artunframed.com/images/artmis41/carava997.jpg

Rembrandt
http://www.artunframed.com/images/artists54/rembran89.jpg

Gerrit van Honthorst
http://www.artunframed.com/images/artmis14/honthorst99.jpg

Millais
http://www.artunframed.com/images/demuth/millais47.jpg

Renoir
http://www.artunframed.com/images/artists54/renoir218.jpg
http://www.artunframed.com/images/artmis59/renoir23.jpg

(Neste mesmo site, http://www.artunframed.com, seria bom que se procurasse pintores como Ticiano [na janela de busca convém escrever Titian, pois o site é em inglês], Velazquez, Goya, Van Gogh, Klimt... Há tantos nomes que merecem ser vistos. A quem não é familiarizado com a história da arte e se interessar pelo assunto, recomendo o livro da Freira Wendy Beckett, História da Pintura [Editora Ática], que é uma agradável e bem produzida introdução.)

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