segunda-feira, 17 de maio de 2010

Alice no País das Armadilhas

Alice no País das Armadilhas

Projeto


A partir da transformação da obra de Lewis Carroll “Alice no País das Maravilhas”, Aline Reis e Luiz Carlos Café propõem, por meio da interação entre artistas, um mergulho em nossas raízes brasileiras. Assim, os artistas propõem que o público interaja com a obra e com isso aflore uma identidade resgatada de suas “aquareladas” memórias internas.

A efemeridade da imagem se aplica aos múltiplos roteiros da moda, que transitam entre diversos modelos de aculturações estéticas, anulando a sua naturalidade. Desta forma, os artistas propõem por meio de manifestações artístico-culturais entre a Música, Imagem e Poesia, um resgate histórico que nos leva à busca do novo. O duo propõe novos formatos, interação entre artistas e o público e a democratização do acesso à cultura.

Com o boom da Copa do mundo e o sucesso do filme Alice no País das Maravilhas, o duo Alice no País das Armadilhas lança seu primeiro single, “Berimbau”, e propõe impactar o público com guitarras distorcidas, batidas percussivas e um show de rock regado a apresentações cênicas dos personagens Alice (representado por Aline Reis) e Lambrusko (representado por Luiz Carlos Café).



Alice no País das Armadilhas

Ações


 Banda (apresentações musicais e monólogo)

 MIP – Música / Imagem / Poesia (evento e campanhas publicitárias)

 MIP Card (produto/obra – cartão postal + CD - interativo)

 Livro (produto/obra - interativo)

 Merchandising (produto/obra - interativo)







Alice no País das Armadilhas
Release

Alice do asfalto. Alice sem árvore nem lago nem mar. Ao avesso. Criança transformada em resto pela Circe financeira. O Circo neo-liberal capitalista. A irmã não estaria lendo à beira do lago, mas num farol, vendendo balas ou pedindo trocados, espiando a novela na TV da padoca da esquina. Alice é muitas. Minúsculas Alices. Muitas Alices no lugar das armadilhas. Porque país não há.
Alice, negra/cabocla/parda, cabelo pixaim. Alice pixaim num país de maioria branca! Maioria não numérica, mas ideológica (Deleuze) mantida midiaticamente. Essa “Europazinha”, São Paulo central, cercada de “Africazonas”, São Paulo periférica. Mas em casa, Europa não. Em casa, Brasil ainda. Alto. Com Áfricas e Pindoramas. Magias, rituais e conflitos interpessoais. Bem permeado pelos venenos sociais! Patriarcado, individualismo, propriedade e religião. Não vou falar de fanque e futebol!
Diariamente muitas Alices de muitos lugares, em muitos nomes e tons. Tons de pele, de olho..., tons diversos de voz no choro miúdo que a miséria insere no sono forçado pra passar a fome. Aliás, fomes! Fome d’agente que não quer só comida. A gente que quer comida diversão e arte. A gente que quer saída para qualquer parte. Gente que não quer só dinheiro e quer fazer amor, gente que quer prazer para aliviar a dor... Daí muitas novas Alices! Aos montes nas maternidades, nos orfanatos, nas estatísticas de parricídio, de “crime”.
Acorda a Alice que dorme em ti. Com sonho sim! E violência! Contra o terrorismo do Estado (Foucault, Zyzek).
Arme você a armadilha.

2 comentários:

  1. incrível o projeto! precisando dos meus serviços, estou aqui!

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  2. a proposito, quem fala é a luiza peixe, da dri michalski! =]

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