sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Euclides da Cunha


Euclides apresenta duas regiões pouco propícias ao homem que é o sertão baiano e a selva amazônica. Aoser enviado para Canudos como correspondente de guerra em 1987, Euclides escreve diversas reportagem para o Estado de S. Paulo e publica Os Sertões em 1902.

Segundo o autor a selva e o sertão são vistas como deserto , por seu isolamento geográfico e povoamento rarefeito, e sobretudo porserem territórios ainda não explorados pela ciência , que os viajantes evitavam e que os cartógrafos excluíam de seus mapas. Por essas e outras que Euclides vê o sertão como algo fora da civilização, com a barbárie e incultura. No livro Os sertões, Euclides descreve a região de Canudos como um" estranho território" sendo sua história absolutamente desconhecida.

(CUNHA. 1902)

Idealizando o sertanejo como homem forte ,mistura da cavaleiro medieval e de vaqueiro romântico "rocha viva", sobre a qual se poderia criar o brasileiro do futuro. Enfocando tanto em Os Sertões quanto em seus ensaios amazônicos um mesmo personagem: o sertanejo," expatriado, dentro de sua própria pátria". Afirmandoque o civilizado se tornava bárbaro em Canudos ou em Purus , por estas comunidades serem lideradas por Conselheiro _no sertão_e por seringueiro _ na Amazônia.

Ventura divide seu texto em alguns tópicos em que nomeia em: visões do deserto, os sertões baianos, o livro da natureza, os sertões amazônicos, e o inferno urbano. Em sua abordagem sobre os sertões baianos ele frisa que Euclides ao escrever sobre Canudos e Amazônia, adotou pontos de vista do viajante em movimento. E em seu primeiro artigo sobre Canudos "A nossa Vendéia" compara a guerra à rebelião camponesa, monarquista e católica.No livro também descreve o meio físico do lugar foi fator favorável aos canudenses , sendo uma das explicações pela derrota das três expedições.

De volta a sua terra, que se encontra no tópico O inferno urbano, Euclides encontra a República modificadas pelas reformas urbanas do prefeito Pereira Passos, a capital irritada com seu cosmopolitismo postiço e a presença ostensiva dos bondes e automóveis, como contou na carta que enviou ao Diplomata Domício da Gama. Outro fator que lhes deixou no "inferno" , foi a traição de sua esposa com um jovem cadete.

E mesmo com sua saúde debilitada Euclides tinha esperança de que se abrisse de novo a trilha do "deserto", mas isso não aconteceu, pois morreu antes de realizar este desejo, ele morreu com um confronto com o amante de sua esposa em 1909.

Em O inferno verde o autorimaginaa Amazôniacomo esfinge, queprovocavaa vertigem do deslumbramento e encerra os mais recônditos segredos. Ele também julgava inexorável a marcha do progresso da civilização, que trairia a absorção do indígena e do sertanejo pelas raças e culturas tidas como superiores. Povoar, colonizare escriturar são os instrumentos de tal transplante da civilização para os territórios bárbaros.fora da escrita e da historia , não há salvação: só existe o deserto. E com isso o autor afirmaanecessidade de colonizar as terras as quais acreditava ele ser de bárbaros, impetuoso e abrupto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário