segunda-feira, 3 de maio de 2010

Redes de solidariedade, voluntariado e ciberativismo se disseminam na internet

O Globo

Por: Elis Monteiro

Ciberativismo em alta

O voluntariado virtual também tem uma vertente no ativismo. Melhor: no ciberativismo. Que o diga Graziela Tanaka, coordenadora de campanhas da Avaaz, rede global de ativismo online. O site foi lançado em janeiro de 2007 e desde então mais de três milhões de pessoas participaram de campanhas sobre temas como a crise financeira internacional, a alta dos alimentos, o aquecimento global, crises humanitárias etc.

O primeiro passo para ser um ciberativista é, diz Graziela, pensar em como a opinião pública global pode contribuir para essas causas.

- Assim, criamos diferentes formas de mobilização, como petições online, envio de mensagens para representantes do governo, organizamos eventos presenciais, campanhas de mídia, ações simbólicas virtuais como um aperto de mão que começou com o Dalai Lama e deu a volta ao mundo. Para você ter uma idéia da nossa capacidade de mobilização, conseguimos através da internet arrecadar quase US$ 2 milhões, que foi todo enviado para as vítimas do ciclone que atingiu Mianmar.

As campanhas da Avaaz são levadas a sério e já foram entregues e reconhecidas pelos mais importantes líderes globais, como o primeiro-ministro do Reino Unido, o secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, além de ministros e representantes de vários países.

No Brasil, assim que o site foi lançado, havia dez mil inscritos na lista do Avaaz. Hoje, são mais de 80 mil.

- Antes éramos apenas espectadores dos acontecimentos, hoje temos canais onde as pessoas podem agir. As pessoas possuem através da internet, ferramentas para se manifestarem e serem ouvidas - diz Graziela.

Se o brasileiro já aderiu à onda do ciberativismo? A boa notícia é que sim.

" O Brasil tem uma tradição ativista, só que nos últimos tempos estava um pouco adormecido "

- O Brasil tem uma tradição ativista, só que nos últimos tempos estava um pouco adormecido. O brasileiro é político e crítico, lê jornal, se revolta com a corrupção, com o desmatamento, com a violência. Mas nem todo mundo pode se juntar a um movimento e fazer uma passeata na rua. As pessoas têm emprego, família, atividades, nem todos podem ser ativistas em período integral. O ativismo online chegou para fechar essa lacuna. Oferecemos uma maneira de as pessoas se informarem e se mobilizarem - diz Graziela.

Veja na integra:
http://oglobo.globo.com/tecnologia/mat/2008/10/20/redes_de_solidariedade_voluntariado_ciberativismo_se_disseminam_na_internet-586022314.asp

Nenhum comentário:

Postar um comentário