quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Teatro Oficina




O Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona, conhecido simplesmente por Teatro Oficina, é uma companhia de teatro das mais importantes do Brasil localizada em São Paulo.

[editar] História
Fundado em 1958 por um grupo de alunos da Escola de Direito do Largo de São Francisco, sendo um deles José Celso Martinez Corrêa, hoje o principal diretor do Oficina e responsável pela formação de centenas de atores, como Etty Fraser, Maria Alice Vergueiro do Tapa na pantera entre outros, ao longo de suas décadas de existência.

O Teatro Oficina distinguiu-se por ter absorvido, na década de 60, toda a experiência cênica internacional e foi neste lugar que seria lançado na cultura brasileira o que ficou conhecido como Tropicalismo, estética ligada ao movimento antropofágico de Oswald de Andrade e que influenciou músicos, poetas e outros artistas. A representação desse Tropicalismo se deu no Teatro Oficina com a estréia de O Rei da Vela, em 1967, atuada por outro fundador do Oficina, Renato Borghi. "A dramaturgia bombástica me fazia sentir atuando dentro da raiz e da alma brasileira; nesta peça, o Oswald falava do Brasil de uma forma antropofágica, devorando o que gente tinha de bom e de péssimo. O Oswald pegou o Brasil por todos os lados, devorou-o e depois o cuspiu no palco. E eu assinei em baixo, com sangue, suor e lágrimas..." relembra Borghi.

Atualmente, o maior projeto de Zé Celso é construir um Teatro de Estádio no Bairro do Bixiga em São Paulo, onde também estaria funcionando uma escola para as crianças e moradores do bairro, realizando o antigo vislumbre da Ágora.

O Grupo tem uma trajetória que ultrapassa os limites estéticos, passando por várias formas de interpretação, gestão e arquitetura. Uma das últimas montagens do Oficina foi a adaptação de "Os Sertões", de Euclides da Cunha, para o palco, que recriou a Guerra de Canudos (1896-1897) e apresentada como está no livro, em 3 partes: a Terra, o Homem (I e II) e a Luta (I e II). A peça foi apresentada no Festival de Teatro de Recklinghausen, na Alemanha, e na Volksbühne de Berlim. A saga sertaneja iniciada em 2001, em toda a sua extensão tem 25 horas de encenação, em um dos projetos mais ousados das artes cênicas mundiais.

A montagem da obra de Euclides da Cunha faz referência à resistência do grupo contra o projeto de construção de um shopping center, nos arredores do teatro Oficina, pelo Grupo Silvio Santos. Além de, em todas as peças, fazer uma ponte ironica entre a guerra de Canudos e os acontecimentos do momento, como o Papa Bento XVI, a invasão do Iraque, o mensalão e os ataques do PCC.

Sua última montagem, em 2008, foi "Os Bandidos", baseado na obra "Die Räuber" de Schiller e também abordava a resistência do grupo contra o grupo Silvio Santos.

O novo Oficina, tombado pelo Condephaat em 1982, foi projetado pela arquiteta Lina Bo Bardi, italiana radicada brasileira, transformando-o em um teatro-pista, com parede de vidro, teto (retratil)móvel, sendo sua arquitetura vencedora da Bienal de Praga em 1999. A mesma arquiteta desenhou dois edifícios emblemáticos na cidade de São Paulo. O famoso prédio do MASP - Museu de Arte de São Paulo, um edifício que parece flutuar no ar, devido seu imenso vão livre e o SESC Fábrica da Pompéia, onde buracos nas paredes nos andares superiores, e passarelas interligando andares, tentam amenizar qualquer sensação de claustrofobia que um edifício numa cidade como São Paulo pode causar.

Estão entre as principais montagens do Grupo textos de Eurípedes, Shakespeare, Artaud, Nelson Rodrigues, Jean Genet, entre outros.


O Teatro Oficina é considerado, pelo Estado, pela classe artística e pelo público de teatro, um patrimônio cultural Brasileiro, por sua capacidade de autotransformação e resistência às constantes mudanças sociocultural e política deste país, desta forma contribuindo para uma sociedade mais justa.

Foi em São Paulo, na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, que o Grupo Oficina se organizou, em 1958, para começar a trilhar um caminho de fomento às artes de uma forma geral, pois em sua trajetória até os dias atuais possui em seu vasto currículo trabalhos de teatro, cinema, televisão, música, cursos, seminários, debates, festas, comerciais, jornais, livros, comícios e passeatas.

O Oficina buscou sempre assumir uma postura crítica diante dos fatos da realidade, lutando contra os valores e as mistificações sacralizados pela classe média. Um de seus mais importantes fundadores foi José Celso Martinez Correra – Zé Celso (1937), que na comemoração de cinqüenta anos do Oficina ainda trabalha com um teatro crítico e investigativo. A estréia do grupo foi em sua nova sede, no bairro do Bexiga, em São Paulo, num prédio que anteriormente era utilizado por um grupo de teatro espírita, na rua Jaceguai, nº 520, Local do “Teatro Novos Comediantes”. Até o surgimento do Oficina, a referência de produção teatral naquele momento, era o “TBC – Teatro Brasileiro de Comédia”, que não possuía a prática de utilizar autores e encenadores nacionais.

Em 1961, quando o grupo Oficina se profissionalizou, foi se transformando numa companhia teatral de renome nacional e internacional. Porém essa profissionalização não lhe deixou inerte diante da “estrutura do teatro profissional”, buscando alternativas de trabalho baseado na produção coletiva. Atualmente, o espaço do Oficina tem sido administrado pelo grupo Uzyna Uzona, pois recebeu do governo estadual a permissão de uso indeterminado.

Uma de suas resistências foi se manter ativo após ter seu prédio destruído por um incêndio em 1966, como a Fênix da mitologia grega. E a outra, foi continuar trabalhando após promulgação do Ato Institucional nº 05 (AI-5), que devastou a vida cultural e econômica do país. Ao retomar as atividades após o incêndio, a razão social do grupo passa a ser “Sociedade Civil Cultural Teatro Oficina”, tendo como associados Fernando Peixoto, José Celso, Renato Borghi, Etty Fraser, e Ítala Nandi.

O Teatro Oficina vem contribuindo até os dias atuais para o panorama cultural brasileiro, pois foi nessa intenção que sua história se fez marcada por estudos, uso de técnicas, remontagens, e releituras de Constantin Stanislavski, Bertolt Brecht, Jerzy Grotowsky, e Antonin Artoud, entre outros teóricos e autores de diferentes épocas e nacionalidade, incluindo os brasileiros.

Quando o “Tropicalismo”, movimento de vanguarda brasileiro da década de sessenta, começa a influenciar diferentes grupos e artistas, o Oficina, com Zé Celso à sua frente, persegue uma cultura de resistência, combatendo a indústria da massificação, do comportamento pelo show-business e da padronização do gosto. A representação do Tropicalismo se deu no Teatro Oficina com a estréia de “O Rei da Vela”, em 1967, atuada por outro fundador, Renato Borghi. O Manifesto Antropofágico (1928) de Oswald de Andrade, autor de “O Rei da Vela”, foi que serviu de suporte para a estética tropicalista. Outros grupos de teatro seguiam paralelo à trajetória do Oficina com propostas parecidas, em todo o Brasil, como: o Teatro de Arena em São paulo, o Grupo Opinião no Rio de Janeiro, o Teatro popular do Nordeste em recife, o Teatro de Equipe em Porto Alegre, o Centro Popular de Cultura da UNE e seus co-ligados em todo o país, entre outros.

Em 1982, após muitos conflitos judiciais e ameaças de despejo, o prédio do Oficina, cuja arquitetura é da italiana, radicada no Brasil, Lina Bo Bardi, a mesma arquiteta do MASP-SP, foi tombado pelo CONDEPHAAT – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico.



http://teatroficina.uol.com.br/


Entrevista com Zé Celso, Teatro Oficina – Parte 1



Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: O diretor interpretando Antônio ConselheiroO revolucionário Uzyna Uzona de São Paulo está na Alemanha, apresentando "Os Sertões". Seu diretor e "chefe de terreiro" falou à DW-WORLD de carnaval, Nietzsche, "dessublimação", deus e o mundo... E de teatro!


No galpão da mina Auguste Victoria, em Recklinghausen, começou a trajetória internacional do Teat(r)o Oficina. Este é seu quarto avatar, o Uzyna Uzona, e seu guru continua sendo José Celso Martinez Corrêa, co-fundador do Oficina original, em 1958, mentor do tropicalismo e agitador político-religioso-social.

O legendário homem de teatro concedeu entrevista à DW-WORLD no domingo, 23 de maio de 2004, poucas horas antes do primeiro ensaio aberto da quarta parte do ciclo de Os Sertões, A Luta.

As quatro fases do Oficina

DW-WORLD: Zé Celso, esta é primeira vez que o novo Teatro Oficina – o Uzyna Uzona – sai do Brasil...

Zé Celso: O novo, sim.

O antigo viajou bastante, inclusive na França, na época da Revolução de Maio, e aprontou bastante lá, foi um sucesso, esteve na Itália, a gente viajava pela América Latina. Mas este quarto Oficina, é a primeira vez.

O primeiro era considerado "a época de ouro". (Mas agora estamos na época do ouro do ouro!) Depois teve a segunda fase, subterrânea, onde estivemos em Portugal, Moçambique, África, vários lugares. A terceira é o retorno ao Brasil, a reconstrução do teatro, os dez anos de abertura do repertório da "tragicomediorgia". E agora a quarta, a dos Sertões, que é quando a gente se abre para o bairro, para as crianças do bairro, e faz um trabalho com 100 pessoas.

Esta é a fase mais rica e mais ambiciosa. Os Sertões é uma obra imensa. Por enquanto fizemos A Terra, O Homem, hoje vamos apresentar o ensaio geral da primeira expedição, temos ainda a segunda e a terceira, juntas vão compor um espetáculo. Depois a quarta, que deve dar mais dois espetáculos. Ao todo, a gente vai ter umas 50 horas de peça, a gente é Guinness, certamente!

A equipe em criação coletiva

Com todo o trabalho de precisão que há em cena – de corpo, voz, coreografias, declamação coral, números musicais, técnica – como é a estrutura de ensaios do Oficina? Certamente há especialistas para cada área? Ou você faz tudo?

Não, tem toda uma equipe. Por exemplo, a Letícia Coura, uma das cantoras, que trabalha a voz, o maestro Marcelo Pellegrini, que dirige a banda, a Elisete Jeremias, que faz a direção de cena. Tem o Marcelo Drummond, que co-dirige comigo, é o mais antigo, e o primeiro ator da companhia. Tem os dramaturgos, o pessoal do vídeo, da luz, preparação coral, as crianças têm os professores de capoeira e de circo... enfim, tem muita gente.

São 100 pessoas trabalhando, e elas foram ganhando uma autonomia. Eu faço realmente o papel da estimulação e da coordenação dos desejos, em função de uma criação coletiva. Primeiro há uma improvisação, depois vamos para a dramaturgia, ela retorna a todas as áreas, e nós tentamos fazer um ensaio juntos, todos. Tudo ao mesmo tempo: luz, vídeo, música, dança.

Os Sertões: uma universidade

É muito difícil, ainda, nós estamos praticamente no bê-á-bá. Eu quero evoluir muito mais, inclusive, na parte virtual, porque no Brasil as condições econômicas não permitem ter o que nós precisaríamos. Mas pretendemos desenvolver uma ópera do carnaval, como eu chamo, a "tragicomediorgia", muito com a realidade atual do teatro – quer dizer, a atuação –, e com a virtual também – de que eu gosto muito.

E estamos caminhando também para expandir, e fazer um teatro de estádio. E uma universidade popular de cultura brasileira orgiástica, que já começou com a leitura dos Sertões. Desde 2000, nós lemos o livro inteiro com 200 pessoas.

Porque ele em si é uma universidade: quem lê Os Sertões sai formado, é como se fizesse uma universidade. Então, até as crianças lêem, a maior parte leu, 90 por cento. E nessa leitura e releitura – e é um livro que trata de tudo, geologia, poesia, literatura, história –, nós temos uma interpretação nova dos Sertões, produzindo um saber que nós queremos divulgar.


http://www2.uol.com.br/teatroficina/velhosite/oficina/oficina.htm
http://www2.uol.com.br/teatroficina/novosite/sertoes/berlim/berlim06.htm
http://www.terra.com.br/istoegente/353/pda/os_sertoes_-_a_luta_-_par.htm
http://entretenimento.uol.com.br/ultnot/2006/05/17/ult100u4943.jhtm


MANIFESTO POR UM TEATRO DE ESTÁDIO JÁ

Para a realização do sonho possível do Teatro de Estádio a pergunta que transmito ao público brasileiro, à mídia, aos protagonistas atuais da história brasileira é de muita importância, por isso tentarei expor o conteúdo dela, da forma mais clara possível. É uma pergunta em relação à possibiidade de um ser humano exercer seu poder de ação num tempo certo. Decidi escrever este quase texto esclarecedor para a resposta ativa desta pergunta se tornar ATO.

O sonho de um Teatro de Estádio Total Multimídia foi reavivado por Oswald de Andrade em 1943 em seu Manifesto "Do Teatro que é bom" e tornado Manifesto Concreto Arquitetônico e Urbanístico no risco, maquete e estudos de Lina Bardi em 1980 para o entorno do Teatro Oficina que, em 1982, foi Tombado.
Depois de 25 anos de luta por sua realização, que dentre outras contou com a participação ativa da promotoria do meio ambiente, Sílvio Santos, pessoa física, proprietário do atual terreno do estacionamento do Grupo Silvio Santos visitando o Oficina compreendeu a grandeza do Projeto Ecológico de Lina para a cidade e passou ao Grupo Sílvio Santos a missão de torná-lo praticável. Foram contratados arquitetos que trabalharam com Lina para isso: Marcelo Suzuki e Marcelo Ferraz que apresentaram um projeto muito bonito. Mas o Grupo Financeiro Sílvio Santos, dando prioridade para a idéia do Shopping para esta área fez com que o projeto resultasse num abraço muito apertado em torno do teatro, aprisionando-o. Assim, o que seria um Teatro de Estádio transformou-se num teatro de 1000 lugares não relacionado diretamente com a cidade e, pior, desligado do corpo do atual Teatro Oficina, ao contrário do que Lina queria.
A isso somou-se um agravante: o Grupo Sílvio Santos não abdica da gestão do espaço. Segundo seu diretor Eduardo Velucci, somente o grupo, por ter dinheiro, poderá gerir o Espaço.

O projeto de Lina e do Oficina, sempre foi pensado como o de um lugar público, gerido por um Conselho de que a Associação Teatro Oficina Uzyna seria parte juntamente com representantes dos movimentos culturais teatrais brazyleiros e internacionais. Figuras notórias tais como Fernanda Montenegro, Raul Cortez, Dráuzio Varela, Eduardo Suplicy, seriam chamados a compor este conselho, asssim como os movimentos culturais do Bairro do Bexiga como a fabulosa Vai Vai e até grupos internacionais de teatro afinados com o Teatro Total, tais como o Volksbhune de Berlim, Alemanha. Como o Sambódromo, o Estádio de Teatro, um Teatódromo, tem a vocação de dedicar-se também à formação cultural. Quer abrigar uma Universidade Brazyleira de Cultura Antropofágica de Mestiçagem Multimídia e pretende realizar Festivais Internacionais de Teatro Total : "Olimpíadas Dionisíacas".
Seu objetivo maior é o fortalecimento do Teatro como Arte Popular de Misturação de todas as artes e técnicas, inaugurando um período para esta arte tão depreciada, elitizada, assassinada nos últimos tempos entre as quatro paredes de vitrines para a burguesia da terceira idade ver de longe, no palco, seus ídolos de TV.

O Teatro no mundo depois do poder imenso que voltou a ter nos anos 60 foi condenado a voltar ao ao palco italiano e a cortar seus laços com sua função social arcaica: tocar os Tabus sociais, transformá-los em Totens. Cantar, como o nome "Tragédia" diz em grego, os BODES SOCIAIS. A atividade teatral em geral tem sido vítima de um certo tipo de racismo mesmo. As dificuldades vitais dos tempos atuais obriga o fazer teatral à uma atitude heróica. Passou a dominar os palcos um clone do teatro, um teatro descartável que tem contribuído ainda mais para o desprestígio desta arte.
O Teatro de Estádio vem como uma "discriminação positiva" contra este racismo e a favor de todo um movimento que vem crescendo, sobretudo em São Paulo, que retoma a ligação do teatro com todas as artes e com a sociedade, principalmente com a excluída, mais criativa do ponto de vista cultural. Há uma grande luta de um quarto de século da qual Gilberto Gil entre outros artistas da música, do teatro, do cinema, das artes plásticas, participaram. Um show memorável de grandes artistas, no fim de l980 no Ibirapuera, fez com que Silvio Santos voltasse atrás no seu desejo inicial de comprar o prédio do Oficina de seu proprietário à época.

Hoje Gil é nosso maravilhoso Ministro da Cultura. Poucas vezes na história mundial um país teve o privilégio de ter um artista de vida-obra como a deste artista no poder. E pouca vezes se viu um Ministério da Cultura com uma equipe de tal qualidade a agir dentro de uma concepção de cultura-poder com tanto empenho. Óbvio que o "contingenciamento", essa palavra da nova língua da dependência política do Brasil ao pagamento de juros à Engrenagem, tem atrapalhado tudo. Desde o início da gestão Gilberto Gil o Teatro Oficina enviou ao Iphan um pedido de Tombamento Federal do Teatro Oficina como Manifesto Arquitetônico Urbanístico de Lina Bardi, incluindo a área de entorno qualificada para realizar o Teatro de Estádio. Atualmente ocupa a direção do Iphan o maravilhoso antropólogo Antonio Augusto Arantes que tem tido toda a compreensão da necessidade e da beleza deste Tombamento, consequência de sua sabedoria como cientista-artista e da competência de sua equipe.
Para acontecimentos do porte de um Teatro de Estádio há necessidade de uma luta trans-humana para enfrentar as estruras burocráticas, financeiras e a própria compreensão do público pela sociedade pois, desde a Grécia antiga, não existe esse poder futebolístico no teatro. Gilberto Gil tem apoiado muito o Teatro Oficina em toda sua história de 44 anos. Já lhe pedi por email e pessoalmente na sabatina da Folha de São Paulo que falasse com Sílvio Santos para que tivessemos um novo encontro, inclusive contando com sua presença e atuação.

As obras do Shopping e deste "Teatro de Estádio" com o qual não estou de acordo tanto na sua forma arquitetônica-urbanística quanto no destino de sua gestão deverão, ao que sabemos, começar em agosto.
O assunto é de extrema urgência.
O Grupo Financeiro Sílvio Santos, evitando contato conosco deve iniciar as obras e submeter o Teatro Oficina a uma possível paralisação se não forem realizadas obras de isolamento acústico para que possamos prosseguir com "Os Sertões" que entra na fase da criação de sua última parte e apresentação das quatro peças da epopéia já realizada. Mas, pior que isso, é ver a oportunidade de São Paulo dar ao mundo esse Estádio Tropicalista desta cultura brazyleira em que o mundo deposita tanta fé e ter em seu lugar um clone inexpressivo.

Pergunto para a midia, para o público, para o presidente Lula, para Sílvio Santos, para Pelé, para Fernanda Montenegro, para todos protagonistas e coros brasileiros, na urgência da situação tal como ela se apresenta:

São possiveis ações e manifestações práticas para:

- a aprovação do processo de Tombamento que corre no Iphan desde 2003 e
- a intervenção diplomática de Gil juntamente com os protagonistas mencionados e outros, junto a Sílvio Santos para que aconteça a construção de um real Teatro de Estádio e não de um Shopping cercando um teatro, como a cidade e o mundo já tem vários ?

A entrada firme, pública, da Sociedade Brasileira, do Presidente da República, do Ministério da Cultura e do Ministro Gil agora, em cena, é necessária.
Tocou o terceiro sinal, o Ministro Gilberto Gil e os que representam a cultura brazyleira em evolução podem entrar em cena explícita agora nesta questão ?
Lina Bardi era grande amiga e admiradora de Gil e vice versa. E essa amizade no caso de pessoas deste porte nasceu do amor pela vida, pelo Brasil e pela beleza.
A situação é esta, cabe à nossa liberdade a ação de tentar transformá-la.

Um dia é este dia.

Presidente Lula, Gilberto Gil, Pelé, Silvio Santos, Fernanda Montenegro, entrem na cena pública com o público brasileiro para esta conquista da grandeza cultural do Teatro Brasileiro no mundo.

José Celso Martinez Corrêa

São Pã. 21 de junho de 2005

M E R D A


http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252004000200027&script=sci_arttext

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