quinta-feira, 25 de março de 2010

Construção Sustentável

Uma das maneiras mais eficientes de aumentar a iluminação natural em qualquer ambiente é por meio de janelas bem amplas. Quanto menos paredes e mais janelas, mais luz! Uma equação simples, é verdade, mas eis que aparece o “x” da questão: junto com a luminosidade vem o calor.

Calor e luz caminham sempre juntos e não há quem os separe. O jeito é encontrar soluções que atenuem os efeitos de um ou de outro. Como vimos no episódio quatro do ECOPRÁTICO, a simples instalação de uma cortina já serve como uma barreira ao calor.

Porém, há quem prefira medidas esteticamente mais elaboradas. Assim, os brises surgem como uma boa pedida. O brise é uma espécie de persiana que é usada no lado de fora das construções. Costuma ser feito com materiais não condutores de calor, como a madeira, por exemplo. Há ainda modelos de brises em que as lâminas são móveis, o que possibilita um maior controle da ventilação e da luz.

A maioria das habitações brasileiras não foi construída de acordo com critérios sustentáveis. Até mesmo pelo fato da sustentabilidade ser um conceito relativamente novo, somente de alguns anos para cá ela se incorporou de vez ao campo da engenharia, da arquitetura, do design.

Boa parte da “insustentabilidade” de uma construção é o fator desperdício, principalmente em pequenas obras e reformas, pois muitas vezes falta conhecimento técnico básico. Um instrumento bacana para isso são os manuais práticos de construção como o livreto Mãos à Obra, da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), onde a pessoa irá encontrar uma série de dicas para a reforma e construção de sua casa. Ele mostra, por meio de uma linguagem simples e ilustrativa, os conhecimentos básicos para que ninguém tenha maiores problemas no futuro.

Outra publicação que ajuda bastante é o Manual do Arquiteto Descalço. De autoria do arquiteto holandês Johan van Lengen, que mora no Brasil e coordena o Centro de Rreferência TIBA, o livro não apenas disseca as várias etapas de uma construção, como também apresenta métodos e materiais ecologicamente viáveis, o que sem dúvida alguma colabora com qualquer casa que se quer sustentável.

Por fim, é sempre bom ressaltar que mesmo com a ajuda de livros e apostilas sobre construção civil, a orientação de um profissional especializado é essencial para garantir total segurança a você e a sua família!

Em alguns dos episódios do ECOPRÁTICO, dentre as diversas mudanças estruturais que fazemos nas casas visitadas, usamos telhas produzidas a partir de tubos de pasta de dente.

O produto, que faz sucesso entre os telespectadores do programa, possui algumas vantagens como: alta resistência (suportam até 150kg/m2, dependendo do fabricante), são extremamente leves, antichamas e e possuem ótimo nível de isolamento térmico.
No entanto, a maior vantagem é o fato de serem feitas, em geral, 100% com materiais reciclados e/ou recicláveis (no programa, usamos os produtos da Alluse). Bom, junto com o tijolo ecológico e a tinta de terra, já é possível começar uma reforma ou construção bem sustentável!

http://www.youtube.com/watch?v=8yaxlOI1BUY&feature=player_embedded

Num país tropical como o nosso é importante que as construções respeitem certas características, tais como permitirem a entrada de luz natural, estimularem a ventilação em todo o ambiente e serem pintadas em cores claras. Um ambiente arejado permite não apenas uma sensação reconfortante quando se está nele, mas também facilita a interação entre seus ocupantes.

Ainda que essas sejam características extremamente importantes no cotidiano de qualquer família, muitas vezes elas podem ser implementadas com uma facilidade incrível. É exatamente o que aconteceu no primeiro episódio do ECOPRÁTICO. Para facilitar a ventilação na casa da família Lyrio, simples intervenções foram feitas: tirou-se a grade da janela da cozinha e consertou-se todas as dobradiças de todas as demais, destravou-se a janela do banheiro para que ela pudesse ser aberta novamente e instalou-se um varal suspenso (para que ele não atrapalhasse o caminhos dos moradores).
Além disso, a porta da sala foi cortada para que a parte de cima ficasse móvel, ou seja, pudesse ser aberta independentemente da de baixo. Por fim, pinturas em certos pontos da casa, como a área externa, e a eliminação de bolores deram um novo ar para a residência.

Viu só como simples mudanças em alguns pontos da casa podem elevar a sua qualidade de vida?

A praticidade das tintas de terra
domingo, 12 de abril de 2009
Nesse primeiro episódio de ECOPRÁTICO, a equipe do programa realizou uma série de intervenções na residência da família Lyrio. Veja aqui no nosso blog como muitas delas podem ser facilmente adotadas também na sua casa.


Mais uma vantagem: as tintas de terra podem ser feitas em várias tonalidades, dependendo dos materiais que são misturados na composição
A tinta de terra, por exemplo, usada para pintar a parede da TV, traz algumas vantagens em relação às tintas convencionais. A mais importante delas é a ausência de derivados de petróleo e outros compostos altamente poluentes. Além disso, seu uso é tão simples como o de outras tintas e possui ótima durabilidade na superfície em que foi aplicada.

Outra vantagem da tinta de terra utilizada na casa foi seu custo, pois foi feita artesanalmente utilizando uma receita super simples: 7 ou 8 kg de terra vermelha peneirada, 2 kg de cola branca e 12 litros de água, tudo bem misturado. O resultado foi uma lata de tinta que custou menos de R$25,00!

Embora as tintas naturais possam causar certo estranhamento à primeira vista, como já foi dito, sua qualidade é tão boa quanta às tintas à base de solventes químicos. Seu nível de aderência é bom e ainda por cima não agride o ambiente e nem sua saúde. Então, na próxima reforma ou na hora de repaginar a sua casa, pense duas vezes sobre qual produto usar.

Se você ficou interessado, a Solum Tintas e a Primatéria vendem tintas minerais (à base de terra ou de cal).

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