segunda-feira, 12 de abril de 2010

Congado

O Congado é uma manifestação cultural e religiosa de influência africana celebrada em algumas regiões do Brasil.

Trata basicamente de três temas em seu enredo: a vida de São Benedito, o encontro de Nossa Senhora do Rosário submergida nas águas, e a representação da luta de Carlos Magno contra as invasões mouras.

O Congado originou-se na África no país do Congo, inspirando-se no Cortejo aos Reis Congos que era uma expressão de agradecimento do povo aos seus governantes. Ao receber a colonização portuguesa, vários africanos foram trazidos para o Brasil para serem escravos e acabaram trazendo esta tradição e mesclando com a cultura local.

No Brasil o Congado é celebrado em várias localidades como Cametá/PA, no Esprírito Santo, Bahia, Rio Grande do Sul, Armação de Itapocoroy/SC, Catalão/GO, Atibaia/SP, Machado/MG, São João del-Rei/MG, Uberlândia-MG, São Sebastião do Paraíso/MG, São Gonçalo do Sapucaí-MG, Pedro Leopoldo-MG dentre outras.

Em Minas Gerais além da devoção a Nossa Senhora do Rosário e São Benedito. Há também a devoção da santa, conhecida como protetora do lar, Santa Efigênia.

Em Pirenópolis, Goiás, o congado faz parte da Festa do Divino Espírito Santo, desde o início da festa em 1819.

O congado, também chamado de congo ou congada mescla cultos católicos com africanos num movimento sincrético. É uma dança que representa a coroação do rei do Congo, acompanhado de um cortejo compassado, cavalgadas, levantamento de mastros e música. Os instrumentos musicais utilizados são a cuíca, a caixa, o pandeiro, o reco-reco. Ocorre em várias festividades ao longo do ano, mas especialmente no mês de outubro, na festa de Nossa Senhora do Rosário. O ponto alto da festa é a coroação do rei do Congo.

Na celebração de festas aos santos, onde a aclamação é animada através de danças, com muito batuque de zabumba, há uma hierarquia, onde se destaca o rei, a rainha, os generais, capitães, etc. São divididos em turmas de números variáveis, chamados ternos. Os tipos de ternos variam de acordo com sua função ritual na festa e no cortejo: Moçambiques, Catupés, Marujos, Congos, Vilões e outros.

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