domingo, 7 de fevereiro de 2010

Correspondencia

Existem Tarôs que indicam, na imagem de suas cartas, uma relação com os
signos e planetas do Zodíaco, alguns ainda aliados a um mito, seja da
mitologia grega, nórdica, hindu, ou outras.
Como tema do nosso trabalho escolhemos um desses Tarôs inspirados em mitos gregos, onde se percebe uma correspondência entre arcanos, signos e mitos.

Para os nascidos sob o signo de Escorpião escolhemos a carta XIII do Tarot,A Morte. Em diversos mitos podemos encontrar representações para esta carta, porém, para este trabalho escolhemos o mito do rico e poderoso deus do mundo ctônio: Hades [Plutão]

Com a vitória dos olímpicos na guerra contra os Titãs [Titanomaquia],
Zeus[Júpiter] dividiu o poder com seus irmãos Hades e Posídon[Netuno]
cabendo a cada um, respectivamente, o céu, o mundo subterrâneo e o mundo das águas profundas.
Assim, Hades tornou-se o senhor absoluto das camadas profundas da Terra,
enquanto Posídon dominava as profundezas das Águas e Zeus, as alturas
celestiais, o Olimpo.

O mundo ctônio ficou também conhecido como "o Hades", local para onde se encaminhavam as almas dos mortos. Este espaço dividia-se em três níveis: o mais profundo - o Tártaro; o apenas profundo - o Érebo; e os Campos Elísios - local nobre para onde iam as almas consideradas mais puras, ou melhores.

O julgamento das almas, entretanto, era feito por três juizes auxiliares do senhor dos Mortos: Minos, Éaco e Radamanto. Entre outros auxiliares
importantes do Hades destacavam-se Cérbero, o cão de três cabeças, guardião dos portões de entrada do palácio subterrâneo; as Erínias, monstros alados responsáveis pelo castigo aplicado aos criminosos; e ainda Caronte, barqueiro do rio Aqueronte, por onde navegavam as almas dos mortos até chegarem à derradeira morada.

Nas camadas subterrâneas da Terra encontram-se as maiores riquezas do
planeta, por isso Hades, como senhor dos Ínferos, era também chamado "Dite, o rico". E foi para este mundo de riquezas e trevas que Hades levou sua amada Perséfone, fazendo dela sua rainha e companheira.
Conta-se que Core [seu nome antes do casamento com Hades], a linda filha da Mãe-Terra Deméter, distraia-se com as flores dos jardins do palácio em que vivia com a mãe quando, subtamente, irrompeu das profundezas da Terra, em sua maravilhosa carruagem de ouro, Hades, o deus dos Ínferos, e raptou-a.

A jovem, entre assustada e perplexa, ainda conseguiu gritar pela
mãe, mas não foi ouvida. Mesmo sofrendo com a perda da vida tranqüila que levava ao lado da mãe, Perséfone teve que se adaptar à sua nova condição de rainha do mundo avernal, transformação dolorosa, embora necessária, para que se cumprisse seu destino. Diz a lenda que Hades, ao contrário de seus irmãos Zeus e Posídon, nunca procurou outras mulheres ou deusas, mantendo-se fiel à sua doce Perséfone.

O mito de Hades e a carta XIII do Tarot, em muito se assemelham.
Ambos representam o eterno ciclo de vida e morte, nos quais o que está vivo precisa morrer para dar lugar a outro ser vivo, e assim sucessivamente,
para a contínua renovação da vida.


No momento em que a carta "A Morte" aparece para alguém, está mostrando a necessidade de uma conscientização do que tem que ser cortado, abolido, largado, enfim, para permitir que uma nova fase de realização floresça, sem ransos e vestígios do passado.

A carta XIII nos mostra, afinal, que a energia, em seu eterno processo de transformação, precisa ser renovada, mesmo a custa de algumas perdas, e por mais que isso possa parecer penoso, difícil e sofrido, torna-se totalmente necessário para que as portas possam se abrir e novas oportunidades possam ser vivenciadas.

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