terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Poema do Caco e musica da Aline Binns

Alice-Lambrusko

o lusco fosco

no oco do ocre

céu da cidade




Passa um café

através do espelho

tenta destino

em cartas de tarô

grita pro jazz

pseudo-blueseiro

que muitas línguas cabem


numa só boca




Ao ver o coelho

daquela perdida infância

na selva de pedra

tenta, às vezes

até se cansa




Alice-Lambrusko

mira no mundo, sempre

rabisca o muro

e vê

uma nova possibilidade

de encontro.




Caco Pontes




***




A noite caiu

e ninguém segurou

Qualquer humano velho


sabe disso




A lua é o sorriso

do gato da Alice

que quando amanhece

muda de telhado



Aline Binns, Caco Pontes e Thomaz Felippe

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