Alice-Lambrusko
o lusco fosco
no oco do ocre
céu da cidade
Passa um café
através do espelho
tenta destino
em cartas de tarô
grita pro jazz
pseudo-blueseiro
que muitas línguas cabem
numa só boca
Ao ver o coelho
daquela perdida infância
na selva de pedra
tenta, às vezes
até se cansa
Alice-Lambrusko
mira no mundo, sempre
rabisca o muro
e vê
uma nova possibilidade
de encontro.
Caco Pontes
***
A noite caiu
e ninguém segurou
Qualquer humano velho
sabe disso
A lua é o sorriso
do gato da Alice
que quando amanhece
muda de telhado
Aline Binns, Caco Pontes e Thomaz Felippe
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