terça-feira, 3 de agosto de 2010

Poesia de Caco Pontes

Alice-Lambrusko
o lusco fosco
no oco do ocre
céu da cidade


Passa um café
através do espelho
tenta destino
em cartas de tarô
grita pro jazz
pseudo-blueseiro
que muitas línguas cabem

numa só boca


Ao ver o coelho
entrar pelo buraco

daquela perdida infância
na selva de pedra tenta

às vezes, até se cansa


Alice-Lambrusko
mira no mundo

sempre
rabisca o muro
e vê
uma nova possibilidade
de encontro.


Caco Pontes

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