quarta-feira, 2 de junho de 2010

Os americanos vão acabar tomando a Amazônia

Segue abaixo o relato de uma pessoa conhecida e séria, que passou
recentemente em um concurso público federal e foi trabalhar em Roraima.
Trata- se de um Brasil que a gente não conhece.



As duas semanas em Manaus foram interessantes para conhecer um Brasil um
pouco diferente, mas chegando em Boa Vista (RR) não pude resistir a fazer um
relato das coisas que tenho visto e escutado por aqui.

Conversei com algumas pessoas nesses três dias, desde engenheiros até
pessoas com um mínimo de instrução.

Para começar, o mais difícil de encontrar por aqui é roraimense. Pra falar a
verdade, acho que a proporção de um roraimense para cada 10 pessoas é bem
razoável, tem gaúcho, carioca, cearense, amazonense, piauiense, maranhense e
por aí vai. Portanto, falta uma identidade com a terra.
Aqui não existem muitos meios de sobrevivência, ou a pessoa é funcionária
pública, (e aqui quase todo mundo é, pois em Boa Vista se concentram todos
os órgãos federais e estaduais de Roraima, além da prefeitura é claro) ou a
pessoa trabalha no comércio local ou recebe ajuda de Programas do governo.

Não existe indústria de qualquer tipo. Pouco mais de 70% do território
roraimense é demarcado como reserva indígena, portanto restam apenas 30%,
descontando- se os rios e as terras improdutivas que são muitas, para se
cultivar a terra ou para a localização das próprias cidades.

Na única rodovia que existe em direção ao Brasil (liga Boa Vista a Manaus,
cerca de 800 km ) existe um trecho de aproximadamente 200 km reserva
indígena (Waimiri Atroari) por onde você só passa entre 6:00 da manhã e 6:00
da tarde, nas outras 12 horas a rodovia é fechada pelos índios (com
autorização da FUNAI e dos americanos) para que os mesmos não sejam
incomodados.



Detalhe: Você não passa se for brasileiro, o acesso é livre aos americanos,
europeus e japoneses. Desses 70% de território indígena, diria que em 90%
dele ninguém entra sem uma grande burocracia e autorização da FUNAI.

Outro detalhe: americanos entram à hora que quiserem. Se você não tem uma
autorização da FUNAI mas tem dos americanos então você pode entrar. A
maioria dos índios fala a língua nativa além do inglês ou francês, mas a
maioria não sabe falar português. Dizem que é comum na entrada de algumas
reservas encontrarem-se hasteadas bandeiras americanas ou inglesas. É comum
se encontrar por aqui americano tipo nerd com cara de quem não quer nada,
que veio caçar borboleta e joaninha e catalogá-las, mas no final das contas,
pasme, se você quiser montar um empresa para exportar plantas e frutas
típicas como cupuaçu, açaí, camu-camu etc., medicinais ou componentes
naturais para fabricação de remédios, pode se preparar para pagar
'royalties' para empresas japonesas e americanas que já patentearam a
maioria dos produtos típicos da Amazônia...

Por três vezes repeti a seguinte frase após ouvir tais relatos: Os
americanos vão acabar tomando a Amazônia
. E em todas elas ouvi a mesma
resposta em palavras diferentes. Vou reproduzir a resposta de uma senhora
simples que vendia suco e água na rodovia próximo de Mucajaí:
'Irão não minha filha, tu não sabe, mas tudo aqui já é deles, eles comandam
tudo, você não entra em lugar nenhum porque eles não deixam. Quando acabar
essa guerra aí eles virão pra cá, e vão fazer o que fizeram no Iraque quando
determinaram uma faixa para os curdos onde iraquiano não entra, aqui vai ser
a mesma coisa'.

A dona é bem informada não? O pior é que segundo a ONU o conceito de nação é
um conceito de soberania e as áreas demarcadas têm o nome de nação indígena.
O que pode levar os americanos a alegarem que estarão libertando os povos
indígenas. Fiquei sabendo que os americanos já estão construindo uma grande
base militar na Colômbia, bem próximo da fronteira com o Brasil numa
parceria com o governo colombiano com o pseudo
objetivo de combater o narcotráfico. Por falar em narcotráfico, aqui é rota
de distribuição, pois essa mãe chamada Brasil mantém suas fronteiras abertas
e aqui tem estrada para as Guianas e Venezuela. Nenhuma bagagem de
estrangeiro é fiscalizada, principalmente se for americano, europeu ou
japonês, (isso pode causar um incidente diplomático). Dizem que tem muito
colombiano traficante virando venezuelano, pois na Venezuela é muito fácil
comprar a cidadania venezuelana por cerca de 200 dólares.
Pergunto inocentemente às pessoas: porque os americanos querem tanto
proteger os índios ? A resposta é absolutamente a mesma, porque as terras
indígenas além das riquezas animal e vegetal, da abundância de água, são
extremamente ricas em ouro - encontram-se pepitas que chegam a ser pesadas
em quilos), diamante, outras pedras preciosas, minério e nas reservas norte
de Roraima e Amazonas, ricas em PETRÓLEO.

Parece que as pessoas contam essas coisas como que num grito de socorro a
alguém que é do sul, como se eu pudesse dizer isso ao presidente ou a
alguma autoridade do sul que vá fazer alguma coisa.
É, pessoal... saio daqui com a quase certeza de que em breve o Brasil irá
diminuir de tamanho.
Será que podemos fazer alguma coisa???
Acho que sim.
Repasse esse e-mail para que um maior número de brasileiros fique sabendo
desses absurdos.
Mara Silvia Alexandre Costa
Depto de Biologia Cel. Mol. Bioag.Patog. FMRP - USP

Opinião pessoal:
Gostaria que você que recebeu este e-mail, o repasse para o maior número
possível de pessoas. Do meu ponto de vista seria interessante que o país
inteiro ficasse sabendo desta situação através dos telejornais antes que
isso venha a acontecer.
Afinal foi num momento de fraqueza dos Estados Unidos que os europeus
lançaram o Euro, assim poderá se aproveitar esta situação de fraqueza
norte-americana (perdas na guerra do Iraque) para revelar isto ao mundo a
fim de antecipar a próxima guerra.
Conto com sua participação, no envio deste e-mail.
Celso Luiz Borges de Oliveira
Doutorando em Água e Solo FEAGRI/UNICAMP

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