quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
SPORT CLUB CORINTHIANS PAULISTA
Fundado em 01 de setembro de 1910
Endereço: Rua São Jorge, 777 - Tatuapé
São Paulo/SP CEP 03087-000
Estádio: Alfredo Schurig (Fazendinha)
Capacidade: 00.000 pessoas
Site oficial: www.corinthians.com.br
História
História | Linha do Tempo | O Mundial de 2000 | Arquivo
A Idéia
A idéia da fundação de um clube no Bom Retiro era assunto preferido dos funcionários da estrada de ferro São Paulo Railway e moradores, sem exceção do bairro. E isso começou a amadurecer quando Joaquim Ambrósio, Carlos Silva, Rafael Perrone, Antônio Pereira e Anselmo Correia foram juntos, assistir no campo do Velódromo a estrela do time inglês Corinthian (sem o s final) Team, na tarde de 31 de agosto de 1910.
Os ingleses derrotam a Associação Atlética das Palmeiras (nenhuma ligação com o Palestra Itália), por 2 a 0. Voltaram do jogo maravilhados e com o pensamento mais forte na criação de um time de futebol no Bom Retiro.
Fundação
Um grupo de homens de vida humilde - os pintores de casa Joaquim Ambrósio, Antônio Pereira e César Nunes; o sapateiro Rafael Perrone; o motorista Anselmo Correia; o fundidor Alexandre Magnani, o macarroneiro Salvador Lopomo, o trabalhador braçal João da Silva e o alfaiate Antônio Nunes - decidiram fundar o seu próprio clube de futebol.
Assim, às 20h30m do dia 1° de setembro, à luz do lampião de gás, altura do número 34 que iluminava a da Avenida dos Imigrantes (atual José Paulino), no Bom Retiro, treze pessoas sacramentaram a fundação do Sport Corinthians Paulista, eles se reuniram e redigiram o primeiro estatuto do clube. Faltava apenas financiamento para o sonho se realizar. Foi aí que Miguel Bataglia entrou em cena. Bataglia era um requintado alfaiate; aceitou participar e foi oficialmente nomeado o primeiro presidente.
O clube já tomava uma cara, mas faltava o nome. As idéias passaram por Santos Dummont, Carlos Gomes e até Guarani, mas nenhuma delas foi escolhida. Foi então que Joaquim Ambrósio sugeriu homenagear o famoso time inglês que fazia uma excursão pelo país: o Corinthian Football Club. O clube que se tornaria o mais querido do Brasil já tinha nome. A torcida e a imprensa chamavam a equipe de Corinthian’s Team. Assim, a letra "s" foi acrescentada ao nome, e o clube ganhou o elegante nome Corinthians.
Primeira diretoria e sede
A primeira Diretoria ficou constituída da seguinte forma: Miguel Bataglia (presidente); Salvador Lapomo e Alexandre Magnuni (vice-presidentes); Antônio Alves Nunes (secretário); João da Silva (tesoureiro) e Carlos Silva (procurador geral). O local onde se confirmou a fundação do Corinthians, foi a residência do Sr. Miguel Bataglia; mas onde o clube foi sonhado e que deve ser considerado seu berço foi o salão de barbeiro de Salvador Bataglia, irmão de Miguel, e que existia à rua Júlio Conceição, esquina da rua dos Italianos. As reuniões continuavam sendo no salão de barbeiro de Salvador, mas ficou pequeno e a sede foi transferida para a confeitaria de Antônio Desidério, na rua dos Imigrantes, nr. 34, esquina com a rua Cônego Martins.
Os primeiros jogos
A estréia aconteceu dez dias após a fundação, em 10 de setembro de 1910. O adversário era o União da Lapa, uma respeitada equipe da várzea paulistana. Jogando fora de casa e esperando levar uma goleada, o Corinthians já mostrava que não estava para brincadeiras, e jogando com muita raça, acabou perdendo por apenas 1 a 0.
O Timão jogou assim: Valente, Perrone e Atílio; Lepre, Alfredo e Police; João da Silva, Jorge Campbell, Luiz Fabi, César Nunes e Joaquim Ambrósio.
Foi apenas um deslize. Quatro dias depois, no Campo da Rua Imigrantes, o Corinthians já mostraria que nasceu para vencer: 2 a 0 sobre o Estrela Polar. A honra do primeiro gol coube ao atacante Luís Fabi, que assim entrou para a história do clube. Nesta partida o Corinthians formou com Valente, Perrone e Atílio; Lepre, Alfredo e Police; João da Silva, Jorge Campbell, Luís Fabi, César Nunes e Joaquim Ambrósio. Depois disso, foram dois anos de invencibilidade.
Com os bons resultados e o crescimento da torcida - que desde sempre já se mostrava fiel e fanática - o Timão passou a pleitear uma vaga no Campeonato Paulista (1913). A Liga Paulista resolveu conceder uma chance, mas o Corinthians teria que disputar uma eliminatória. Não deu outra: dois jogos, duas vitórias - 1 a 0 no Minas Gerais, em 23 de março de 1913, e 4 a 0 no São Paulo do Bexiga, sete dias depois - e o passaporte carimbado para disputar o Paulistão deste mesmo ano.
Na primeira partida oficial, o Timão tropeçou no Germânia, perdendo por 3 a 1. Mas Joaquim Rodrigues escreveu seu nome na história do Corinthians como o autor do primeiro gol em partidas oficiais. O Coringão acabou seu primeiro Paulista em 4°. lugar.
Em 1914, começava a hegemonia: no segundo Campeonato Paulista que disputou, o Corinthians não deu chance para os adversários. Uma campanha arrasadora, com dez vitórias em dez jogos, 39 gols marcados e goleadas para todos os lados. Neco (12 gols) ainda se sagrou o artilheiro da competição.
Começava assim a história do Sport Club Corinthians Paulista, um clube que ao longo dos seus (quase) cem anos passou pela várzea, lutou pelo profissionalismo, passou um jejum de 23 anos sem um título de expressão e foi rebaixado a série B do brasileirão. Mas invadiu o maracanã, conquistou o Brasil e dominou o mundo.
1910 - 1912: Do povo para o povo
Em 1910 o futebol no Brasil era um esporte elitizado. Os principais clubes eram formados por pessoas que integravam as classes mais altas. Entre eles estavam o Club Athlético Paulistano, o São Paulo Athletic Club[nota 1] e a Associação Atlética das Palmeiras.[nota 2] Integrantes de classes sociais mais baixas somente praticavam o futebol nos chamados times de várzea, formados pelos próprios.
Contra esta tendência, um grupo formado por cinco operários da Companhia de Estrada de Ferro São Paulo Railway, mais precisamente Joaquim Ambrósio e Antônio Pereira (pintores de parede), Rafael Perrone (sapateiro), Anselmo Correia (motorista) e Carlos Silva (trabalhador braçal), paulistas do bairro do Bom Retiro. Era 31 de agosto de 1910 quando estes trabalhadores foram assistir ao jogo de um "scratch" londrino que estava dando o que falar em sua excursão pelo Brasil.[1] No Rio de Janeiro, os ingleses tinham goleado o tetracampeão carioca Fluminense Football Club, por 8 a 0; em São Paulo, tinha vencido com contundência o Paulistano (5 a 2), uma das maiores forças do futebol paulista daquela época. Naquele final de agosto de 1910, o Corinthian Team enfrentava AA das Palmeiras (atual bicampeão paulista), no campo do velódromo. E mais uma vez, o time inglês levaria a melhor sobre uma equipe brasileira, vencendo por 2 a 0.[1][2]
Após a partida, não faltaram discussões comuns sobre um lance ou ouro e, em meio àquela conversa durante a volta para casa, os cinco rapazes depararam-se com um terreno baldio na esquina da rua José Paulino com a rua Cônego Martins, que fez com que o grupo parasse e o contemplasse. O terreno amplo, seco, e quase nivelado, costumava despertar a atenção de moradores do Bom Retiro e funcionários da São Paulo Railway, desejosos de vê-lo transformado em um campo de futebol. E já impressionados pela atuação do time inglês, o grupo formado por Joaquim Ambrósio, Carlos Silva, Rafael Perrone, Antônio Pereira e Anselmo Correia, em uma rápida conversa, estabeleceu que no dia seguinte, 1° de setembro, deveria realizar uma reunião com a participação de alguns convidados (demais moradores do bairro). Em pauta, a fundação de um time.[1] Rafael Perrone lembrou que a chuva poderia atrapalhar a reunião, já que o grupo e os convidados reunir-se-iam em plena via pública, na rua José Paulino, em frente ao terreno. Então, sob a luz de um lampião, às oito e meia da noite, todos já discutiam o futuro do clube sonhado. Primeiro, formaram a diretoria para, quatro dias depois, os escolhidos tomarem posse na reunião que se realizou na casa de Miguel Bataglia, o presidente eleito.[1][2][3]
Dia 5 de setembro, às 20 horas em ponto, a sessão foi aberta e começaram os debates. Joaquim Ambrósio foi o primeiro a falar, sugerindo a denominação de Corinthians em homenagem à equipe inglesa que realizara grandes exibições há alguns dias. Todos concordaram e ficaram de pé, em sinal de aprovação.[nota 3] Com sua voz rouca pela emoção de declarar aprovado o nome do clube, Miguel Bataglia levantou-se e disse: "Está adotado o nome de Sport Club Corinthians Paulista para o nosso grêmio".[1] Mas havia algumas dificuldades a ser vencidas, como a aquisição de uma bola e do campo da José Paulino. Como não dispunham de recursos, o jeito foi iniciar uma campanha para angariar sócios. Houve muitas dificuldades para que os moradores participassem do quadro associativo, mas o Corinthians foi crescendo e o número de adeptos era maior do que o de não-adeptos.[1]
Para se comprar a primeira bola, uma lista percorreu todo o bairro, pois era necessário 6 mil-réis para se adquirir o principal instrumento do novo time. Mas, por conta de uma exigência dos diretores corintianos, só poderia contribuir quem fosse sócio. Sobre o balcão de uma lojinha na rua São Caetano, os diretores derramaram os tostões, duzentos-réis e até vinténs que completavam o preço daquela bola de capão oficial. Todos queriam tocar naquele instrumento que rolaria pelos campos da várzea paulista. Foi a primeira etapa vencida, com sacrifício, por aquele grupo de idealistas que queria mudar os rumos do futebol paulista, então elitizado e reservado apenas para um determinado grupo social, formado por ricos e estudantes, enquanto pobres e analfabetos eram excluídos.[1]
O futuro campo escolhido foi mesmo o terreno na rua José Paulino. Este local abrigava anteriormente um depósito de lenha e por esta razão ganhou o apelido de "Lenheiro". Capinado pelos próprios jogadores, ele foi inaugurado com um treino que teve Rafael Perrone como capitão do time A e Anselmo Correia, goleiro e capitão do time B.[2]
Primeira formação corintiana:
Valente, Perrone e Atílio; Lepre, Alfredo e Police; João da Silva, Jorge Campbell, Luiz Fabbi, Cézar Nunes e Joaquim Ambrósio.
Era domingo, 14 de setembro de 1910, quando o Sport Club Corinthians Paulista entrou em campo oficialmente pela primeira vez. O adversário escolhido era o União da Lapa - vestido de bege e preto -, uma das mais respeitáveis equipes do futebol varzeano da cidade.[1][4][5][6] A primeira formação corintiana em campo foi: Valente, Perrone e Atílio; Lepre, Alfredo e Police; João da Silva, Jorge Campbell, Luiz Fabbi, Cézar Nunes e Joaquim Ambrósio.[2] Embora o adversário vencesse o encontro por 1 a 0, o resultado surpreendeu equipes mais tradicionais do futebol da cidade, pois o União era considerado um quadro de respeito, logo, a derrota mínima do Coríntians foi tida como um bom resultado.[1]
A primeira vitória do Corinthians viria no jogo seguinte contra o Estrela Polar. Luiz Fabbi entrou para a história corintiana ao marcar o primeiro gol do clube (ele também marcaria o segundo).[2]
No terceiro "match" da história do Corinthians, o adversário escolhido foi a Associação Atlética da Lapa. Havia certo temor por parte dos corintianos, já que a equipe rival era formada apenas por ingleses, considerados mestres do futebol na época. Também seria a primeira vez em que o Corinthians atuaria em campo adversário.[1] Mas o "o pequeno do Bom Retiro", como era carinhosamente chamado, não se intimidou com a Atlética Lapa e venceu por goleada: 5 a 0. Após a vitória, houve festa no bairro do Bom Retiro. O time que despertava curiosidade e simpatia aos que acorriam à várzea para assistir à prática de bom futebol.[1] O Corinthians foi ganhando a simpatia popular através de suas humildes exigências: na ficha de sindicância - para o quadro associativo era mais credenciado aquele que se apresentasse como operário comum, trabalhador braçal, enfim, todos os interessados, pois não havia preconceito de cor nem privilégios para esse ou aquele.[1]
Até então, o Corinthians não possuía uniforme e jogava com camisas comuns, brancas, de trabalho diário. Empolgados com o desempenho, os corintianos compraram para si um uniforme: camisas creme, com gola, punho e barras pretas - como era o uniforme do Corinthian inglês. Contudo, com o decorrer das lavagens, o creme desbotou e as camisas ficaram brancas. Como não havia disponibilidade para a compra de mais um uniforme, o branco juntou-se ao preto dos calções e assim ficou determinado as cores do time.[1]
Naquele início de década de 1910, o futebol de várzea paulistano era dominado sobretudo pelos times Alianças, Parnaíbas, Argentinos e Domitilas, clubes que detinham muita fama. Mas o Corinthians despontava como "o galo brigador do Bom Retiro" e se firmava no cenário futebolístico da cidade, especialmente com o belo futebol de um jovem de 17 anos, chamado Neco. Ele atuava apenas no chamado "segundo quadro" (um elenco de menor importância que o time principal), mas não precisou de muito tempo para subir para a equipe titular e se transformar em um dos maiores ídolos da história da equipe.[2]
Mas as pretensões corintianas eram maiores que à várzea e o sonho era jogar no Velódromo Paulista, na rua da Consolação, o grande estádio da época, que pertencia ao Paulistano e onde atuavam equipes da elite paulistana, como o Mackenzie e a AA das Palmeiras.[2]
[editar] 1913 - 1919: Primeiros títulos
Primeiro time campeão paulista em 1914.
Em 1913, divergências geraram uma dissidência entre os clubes que disputavam o Campeonato Paulista - então organizado pela Liga Paulista de Foot-Ball (LPF).[nota 4] Paulistano, AA das Palmeiras e Mackenzie abandonaram a LPF devido à inclusão de clubes mais populares da cidade, como o Corinthians e o Clube Atlético Ypiranga,[7] e porque a LPF tinha a intenção de mandar os jogos do campeonato no Parque Antártica, enquanto o Paulistano insistia pelo Velódromo.[8]
Os três dissidentes fundaram a Associação Paulista de Sports Atléticos (APSA), que seria responsável pela organização de um campeonato mais elitista, paralelo à LPF.[8][9] Permaneceram na LPF outros três clubes: o Sport Clube Americano, o Sport Club Germânia e o Sport Club Internacional - o que os fez ser conhecidos como os Três Mosqueteiros. O Corinthians foi o primeiro time a se integrar ao trio e, a partir daí, os corintianos adotaram o mosqueteiro como mascote. O mosqueteiro corintiano era o autêntico D’Artagnan, o quarto personagem de Alexandre Dumas.[3][nota 5]
Mas para disputar o estadual da Liga Paulista, o Corinthians precisaria passar por uma seletiva com outros clubes varzeanos. O primeiro adversário foi o Minas Gerais, do bairro do Brás. Os corintianos venceram por 1 a 0 e se classificaram para enfrentar o São Paulo, do bairro do Bixiga, em duelo que valia uma vaga no Paulista da LPF daquele ano. Os corintianos golearam por 4 a 0 e se classificaram para a tão sonhada competição. Os heróis daquela jornada foram: Casemiro do Amaral, Fúlvio e Casemiro González; Police, Alfredo e Lepre; Cézar Nunes, Peres, Luiz Fabi, Rodrigues e Campanella.[2] Com o feito, o Corinthians disputaria a competição junto com Americano, Germânia, Internacional, Ypiranga e Santos Futebol Clube. A estréia do Corinthians na história do Campeonato Paulista foi contra o Germânia, em 20 de abril de 1913, em duelo que terminou com vitória adversária, pelo placar de 3 a 1. Nos quatro jogos seguintes, foram três derrotas (para Internacional, Americano e Santos) e um empate (Ypiranga). A primeira vitória corintiana viria no dia 7 de setembro, um 2 a 0 contra o Germânia. Nas três partidas seguintes, mais três empates (com Internacional, Ypiranga e Americano). No final do Paulista de 1913, o Corinthians terminou na quarta colocação, com seis pontos ganhos (uma vitória, quatro empates e três derrotas, oito gols a favor e 16 contra).[10][nota 6] De positivo, o time revelaria dois futuros ídolos: Neco e Amílcar.[2] Ainda no ano de 1913 foi criado o primeiro escudo corintiano. A princípio era apenas composto pelas letras "C" e "P" maiúsculas, de Corinthians Paulista.
A temporada seguinte seria marcante para a história corintiana. Com apenas quatro anos de existência, o time conquistou seu primeiro título paulista - pelo campeonato da LPF de 1914. O Corinthians sagrou-se campeão de forma invicta, com 10 vitórias em 10 partidas, 37 gols marcados e 9 gols tomados.[11][nota 7] Com 12 gols, Neco foi o artilheiro da competição.[12][13] A equipe que conquistou o primeiro título da história corintiana era formada por: Sebastião, Fúlvio, Casimiro II, Police, Bianco, César, Américo, Peres, Amílcar, Aparício, Neco, entre outros. Ainda naquele ano, o Corinthians realizou sua primeira contra uma equipe estrangeira, o Torino. Os italianos venceram por 3 a 0.[14]
Em 1915, o Corinthians ficou de fora do Paulista daquela temporada.[15] De olho em uma vaga no campeonato da liga rival (que dava mais prestígio), o clube resolveu abandonou a Liga Paulista. Arrependido, tentou voltar atrás, mas era tarde demais. Sem ter onde jogar, os melhores jogadores corintianos foram emprestados e o resto da equipe passou a temporada fazendo amistosos no interior.[2]
O Sport Club Corinthians Paulista voltou a disputar a competição em 1916. A base da equipe era a mesma que havia conquistado o primeiro título paulista dois anos antes.[5] E, assim como em 1914, os corintianos venceriam o Paulista de 1916, novamente invictos, batendo a Associação Atlética Maranhão (3 a 1), o Sport Club Alumni (6 a 0), o Ruggerone Foot-ball Club (W.O.), o Sport Club Luzitano (2 a 0), a Associação Atlética Campos Elíseos (3 a 1), o Paysandu Foot-ball Club (2 a 0), o Americano (1 a 0) e o União da Lapa (3 a 1).[16]
Em 1917, após as primeiras duas mudanças no escudo corintiano, este ganhou um formato redondo, utilizado até a atualidade. Também naquele ano, a Liga Paulista de Foot-Ball foi dissolvida e seus filiados foram integrados à liga da Associação Paulista de Sports Atléticos. Com isso, a entidade passou a se chamar Associação Paulista de Esportes Atléticos[8] e o Campeonato Paulista de 1917 teria pela primeira vez duas divisões: a primeira foi formada pelos clubes da APEA e o Corinthians (último campeão da extinta LPF), e a segunda, composta pelos demais times que jogaram na competição da LPF em 1916.
Também pela primeira vez, o estadual teria a presença do chamado "trio-de-ferro", composto àquela época por Paulistano, Societá Sportiva Palestra Itália e Corinthians.[2][8] E o campeonato foi dominado por esse trio, com Paulistano, Palestra e Corinthians nos respectivos primeiro, segundo e terceiro postos.[17] No primeiro encontro dos corintianos com seu futuro maior rival no futebol, a vitória foi palestrina, pelo placar de 3 a 0.[nota 8]
Nos dois anos seguintes, o Corinthians não conquistou títulos. Em 1918, o time foi vice-campeão do Paulista de 1918, em um campeonato marcado por cancelamento de partidas (que não influenciavam a decisão do título) devido à epidemia de gripe espanhola.[18][nota 9] Na temporada seguinte, o Corinthians terminou o Paulista de 1919 na terceira colocação, terminando atrás dos rivais Paulistano e Palestra Itália. No entanto, os corintianos venceram pela primeira vez um clássico contra os palestrinos, 2 a 1, no dia 9 de novembro de 1919.[19]
Ainda no final da década de 1910, o clube realizou sua primeira partida fora do Estado de São Paulo. E por intermédio de Alcântara Machado, a prefeitura de São Paulo arrendou em 1918 um terreno na chácara do Floresta, na Ponte Grande (atual Ponte das Bandeiras, próximo do Rio Tietê), onde foi construído primeiro estádio corintiano. Os próprios atletas ajudaram a para erguer o campo da Ponte Grande.[1][2]
[editar] 1920 - 1930: Uma década corintiana
O Corinthians iniciou a década de 1920 com mudanças em seu escudo, que teve adicionado um círculo com o nome do clube e o ano de fundação, além da Bandeira de São Paulo no centro.[carece de fontes?] Repetindo as duas temporadas anteriores, o Corinthians chegou na terceira colocação nos Paulistas de 1920[20] e 1921,[21] edições que mais uma vez foram dominadas por Paulistano e Palestra Itália. Contudo, há de se destacar duas pujantes goleadas corintianas nestes dois campeonatos. A primeira delas sobre o Santos, por 11 a 0, no dia 11 de julho de 1920. Este resultado é até hoje a vitória por maior diferença de gols a favor do clube em todos os tempos. No torneio do ano seguinte, o Corinthians aplicou a maior goleada de sua história: 12 a 2 frente ao "mosqueteiro" Internacional, no dia 23 de outubro de 1921.
Time que conquistou o primeiro Tri Campeonato em 1930
Os nove anos seguintes foram gloriosos para o Corinthians. Dos nove Campeonatos Paulistas disputados entre 1922 e 1930, o time faturou seis, sendo dois tricampeonatos (1922-1923-1924 e 1928-1929-1930).
O Paulista de 1922 foi um dos mais importantes da história corintiana. Primeiro, porque, naquele ano, comemorava-se o centenário da Independência do Brasil. Segundo, porque a troféu em disputa - a "Taça do Centenário da Independência" - foi conquistado no jogo contra o poderoso Paulistano, o time da elite e espécie de antítese corintiana naquele início de século.[2] Na campanha vitoriosa, o Corinthians venceu 14 partidas, empatou duas e perdeu apenas outras duas, ficando um ponto a frente do rival Palestra Itália.[22] Entre os heróis de 1922, estavam o zagueiro Armando Del Debbio, o meia Tatu (autor de um dos gols do título) e o atacante Gambarotta - sem deixar de mencionar ídolos já consagrados Neco e Amílcar.[2]
A mesma base vitoriosa seria mantida para as duas conquistas seguintes. Os corintianos faturaram o bicampeonato no Paulista de 1923 com 14 vitórias, um empate e duas derrotas. Um dos momentos especiais da equipe corintiana foi a goleada por 4 a 1 sobre o Palestra, no dia 8 de julho. No segundo turno, os rivais palestrinos resolveram nem entrar em campo, e o Corinthians venceu por W.O..[23]
Já o tricampeonato no Paulista de 1924 foi conquistado somente na última rodada. Corinthians e Paulistano disputaram ponto a ponto a liderança do torneio e chegaram até a rodada decisiva empatados em 23 pontos. E os dois rivais se encontrariam justamente na última rodada e o vencedor do confronto seria o campeão paulista de 1924. E no duelo disputado no dia 11 de janeiro de 1925, o Corinthians venceu por 1 a 0 e ao tricampeonato estadual.[24]
Na temporada seguinte, no entanto, o Corinthians deixou escapar o quarto título paulista consecutivo. Invicto até o encerramento da penúltima rodada, o alvinegro perdeu o última partida na competição, diante do rival Paulistano. O título do Paulista de 1925 acabou com a Associação Atlética São Bento, com 16 pontos, um a frente de Corinthians (vice-campeão) e Paulistano (3º colocado).[25]
Em 1926, o Corinthians se aventurou na compra de um novo campo. O clube trocou o campo da Ponte Grande pelo do Parque São Jorge, cujo terreno foi comprado junto ao empresário Nagib Salem por 700 contos de réis (moeda da época), em várias prestações, quando lá existia apenas um campo. O estádio foi construído aos poucos e ganharia o nome de estádio Alfredo Schürig, mas carinhosamente passou a ser conhecido como Fazendinha.[26] Também naquele ano, o futebol paulista teve uma nova cisão, quando o Paulistano rompeu com a APEA e decidiu criar uma nova liga de futebol, denominada Liga de Amadores de Futebol (LAF). A divisão perdurou por três temporadas.[9] O Corinthians permaneceu na APEA e disputou o Paulista daquele ano desta liga, mas terminou a competição na terceira colocação (atrás do Palestra Itália e do Auto Sport Club.[27]
Em 1927, o Corinthians foi convidado para integrar a LAF e chegou a aceitar a oferta da liga rival, mas no último momento desistiu e retornou à APEA. O Paulista daquele ano foi dominado pelo Palestra. Como consolo, os corintianos bateram os campeões palestrinos por 3 a 1 na última rodada e lhe tiraram a invencibilidade no torneio. O clube do Parque São Jorge terminou a competição na terceira colocação.[28]
No final da década, o Corinthians seria tricampeão Paulista pela segunda vez. Tendo como maiores rivais Palestra e Santos, o Corinthians faturou o Paulista de 1928 com um jogo de antecipação. O título paulista foi conquistado diante da Associação Portuguesa de Desportos, com uma vitória por por 3 a 2 no dia 25 de novembro de 1928.[29]
Contra a mesma Portuguesa e novamente com um jogo de antecipação, o Corinthians faturou o bicampeonato no Paulista de 1929. O time do Parque São Jorge arrasou - no dia 3 de novembro de 1929 - o adversário com uma goleada por 7 a 1. Para coroar a grande conquista, mais uma goleada, desta vez contra o maior rival Palestra Itália: 4 a 1.[30]
O Paulista da APEA em 1930 ganhou a adesão de alguns clubes que deixaram a LAF - e com isso, a liga foi extinta pelo Paulistano. O Corinthians liderou de ponta a ponta o torneio, sempre acompanhado de perto de Palestra Itália, Santos e São Paulo da Floresta. O Corinthians chegou a última rodada com 42 pontos e só não seria campeão se fosse derrotado pelo Santos, que somava 40 pontos. Se o time do litoral vencesse, haveria a disputa de um jogo-extra para definir o campeão. Mesmo precisando apenas de um empate, os corintianos arrasaram os rivais santistas, vencendo a partida - disputada em 4 de janeiro de 1931 - por 5 a 2. Com mais estes cinco gols, o ataque corintiano chegou ao total de 94 em 26 jogos, com a fantástica média de 3,6 gols por partida.[31]
A base do time quase não mudou nestas três conquistas: Tuffy, Pedro Grané e Del Debbio; Nerino, Guimarães e Munhoz; Filó, Apparício, Neco, Rato e De Maria. Grande destaque para as atuações do legendário trio formado pelo goleiro Tuffy e os zagueiros Pedro Grané e Del Debbio, dos atacantes Filó (um novo ídolo dos corintianos) e Neco (que se despedia do futebol, após 19 anos de dedicação ao clube do coração, e se consagrando como um dos grandes ídolos da história corintiana).[2]
[editar] 1931 - 1934: Ventos do profissionalismo
Em 1931, o Corinthians perdeu importantes jogadores para o futebol italiano. O zagueiro Del Debbio e os atacantes Filó, Rato e De Maria trocaram o time paulista pela Lazio, de Roma (que à época recebeu o apelido de Brasilazio). O clube do Parque São Jorge contratou substitutos de pouca ou nenhuma expressão no futebol, como Chola, Boulanger, Gallet. Era o início de uma das maiores crises da história do Corinthians. Em campo, um desempenho pífio: no Campeonato Paulista daquele ano, o Corinthians sofreu goleadas diante do Palestra Itália (0 a 8), do Santos (0 a 6) e do São Paulo (1 a 6), e terminou na sexta colocação - sua pior colocação na competição desde que passou a disputá-lo.[32] Revoltados, torcedores corintianos incendiaram a sede do clube, e a diretoria pediu demissão em massa.[2]
Na temporada seguinte, mais uma vez o Corinthians decepcionou. Com um fraca campanha (cinco vitórias e seis derrotas), o clube terminou o Paulista de 1932 na sexta colocação pelo segundo ano consecutivo.[33]
A profissionalização do futebol do Brasil a partir de 1933 teve efeitos no Parque São Jorge. Entre 1933 e 1934, o Corinthians contratou o uruguaio Pedro Mazzulo para dirigir a equipe agora profissional, se tornando o primeiro técnico do clube nesta nova era. Naquele período, também surgiram os atacantes Zuza e Teleco, dois dos mais importantes da história do alvinegro.[2] Mas em campo, o desempenho corintiano ainda estava áquem desejado pelos torcedores do clube.
Inferior aos rivais Palestra Itália, São Paulo e Portuguesa de Desportos, o Corinthians não passou do quarto lugar nos Paulistas de 1933 e 1934.[34][35]
[editar] 1935 - 1939: Redenção e "Tri do Tri"
Os dois anos seguintes foram marcados por mais frustrações. No Campeonato Paulista de 1935, o Corinthians perdeu o título para o Santos - jogando no Parque São Jorge. No estadual do ano seguinte, nova decepção. Após ter vencido o primeiro turno e manter uma invencibilidade de 36 jogos, o Corinthians perdeu o campeonato, na melhor de três, para o Palestra Itália: 1 x 0, 0 x 0 e 2 x 1.[2]
Teleco foi camepão paulista em 1937 e artilheiro da competição.
Mas a partir de 1937, o Corinthians voltaria a comandar o futebol paulista. Naquele ano, o espanhol Manoel Correcher assumiu a presidência do clube, e a equipe faturou seu primeiro título profissional. Deste elenco, os grandes destaques eram o zagueiro Jaú (futuro titular da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1938), o meio-campo José Augusto Brandão (que também integrou o selecionado canarinho no Mundial da França de 1938) e os atacantes Filó (veterano ídolo corintiano, que havia voltado da Itália depois de anos na Lazio) e o Teleco (goleador do time naquele Paulista).[2]
Estes mesmos ídolos fizeram parte do elenco bicampeão invicto do Paulista de 1938, que também revelou o atacante baiano Servílio de Jesus, chamado de "O Bailarino" por sua habilidade com a bola nos pés. Naquela temporada, a final teve que ser realizada em dois dias. No domingo, a chuva interrompeu a partida que o São Paulo vencia por 1 x 0. Na terça-feira, disputaram-se os minutos finais da primeira etapa e todo o segundo tempo. O Corinthians chegou ao empate com um gol de Carlito e ficou com a taça.[2][nota 10]
No ano seguinte, 1939, o Corinthians sagrou-se tricampeão paulista pela terceira vez, fato que nenhum outro clube do Estado conseguiu igualar até hoje.[2]
[editar] 1941 - 1950: Tempos de jejum
Em 1941, o Corinthians novamente conquistou o Campeonato Paulista. O título só não foi de maneira invicta por conta de uma derrota, na última rodada, contra o Palestra Itália. O time era ótimo, e a linha média Jango, Brandão e Dino, impecável. A festa do título corintiano foi realizada no recém-inaugurado estádio do Pacaembu.[2]
Contudo, nos nove anos seguintes, o Corinthians viveu um jejum de títulos paulistas. Sem conquistas estaduais, o clube do Parque São Jorge consolou-se em levar por quatro vezes a Taça São Paulo (em 1942, 1943, 1947 e 1948) - torneio que reunia os três primeiros colocados do ano anterior. Sem ter a disposição seu poderio técnico dos últimos cinco anos, o Corinthians foi vice-campeão paulista cinco vezes, sendo três delas seguidas, entre 1942 e 1950, numa época de ascensão do São Paulo, liderado pelo atacante Leônidas da Silva, como nova força no futebol paulista.[2]
Mesmo com a contratação de nomes de peso no futebol nacional, como a do zagueiro Domingos da Guia, aos 32 anos, em 1944, ou dos atacantes Milani e Hércules em anos seguintes, o Corinthians amargaria quase uma década sem conquistas importantes. A situação só começaria a mudar a partir de 1949, quando uma nova geração de pratas-da-casa foi conduzida pelo técnico Rato (o mesmo Rato campeão como jogador na década de 1920) ao time principal. Os frutos seriam colhidos na primeira metade da década seguinte.[2]
[editar] 1950 - 1954: Época de Ouro
Em 1950, ano da disputa da Copa do Mundo de futebol no Brasil, a equipe foi campeã pela primeira vez do Torneio Rio-São Paulo, competição disputada entre as principais equipes dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Em 1951, no Campeonato Paulista, a linha de frente composta por Carbone, Cláudio, Luisinho, Baltasar e Mário marcou 103 gols em 28 partidas. Com esse desempenho, a equipe conquistou o título, além de ter Carbone como maior marcador da competição, com 30 gols.[36] O clube venceria também o título paulista de 1952.
Em 1953, num torneio realizado na Venezuela, o Corinthians conquistou sua primeira competição envolvendo equipes de diferentes continentes, a Pequena Taça do Mundo. Na ocasião, o Corinthians foi a Caracas, capital venezuelana, e conseguiu seis vitórias consecutivas, contra as equipes da AS Roma, do FC Barcelona e da Seleção de Caracas. Também em 1953 conquistou novamente o Torneio Rio-São Paulo. Em 1954 o Corinthians recebeu a Taça do IV Centenário de São Paulo ao conquistar o campeonato estadual. No mesmo ano, alcançaria o bicampeonato do Torneio Rio-São Paulo.[37]
[editar] 1955 - 1976: O jejum
Entre 1955 e 1977, o futebol do clube somente conquistou uma competição dentro do país: o Torneio Rio-São Paulo de 1966 (dividido com Botafogo, Santos e Vasco, em virtude da Copa do Mundo na Inglaterra; os quatro times eram semifinalistas, porém a Copa tornou impossível o término da disputa). Nesse período, os seguidores do Corinthians receberam o apelido 'Fiel Torcida'. Também nesse período, o Santos FC, de Pelé, dominava o futebol na epoca, conquistando 2 libertadores e 2 mundiais interclubes (1962-1963).
Uma das lendas mais conhecidas do Corínthians é a suposta maldição lançada por Pelé: O time fora o campeão paulista do quarto centenário da cidade de São Paulo, em 1954. O menino Pelé foi apresentado, logo em seguida ao time e recusado. Jurou que enquanto jogasse futebol, o Corínthians não seria campeão paulista. 23 anos depois, em 1977, Pelé abandonou definitivamente os gramados e o Corinthians naquele ano voltou a ser campeão paulista.[nota 11] conseguiu estabelecer a marca de onze anos sem ser vencido pelo Corinthians por campeonatos paulistas.[38]
O clube conseguia vencer algumas competições fora do Brasil, como o Torneio de Torino (1966 e 1969), o Torneio Costa do Sol (1969) e o Torneio Internacional de Nova Iorque (1969). Porém, todas eram competições amistosas.
Em 1971 começou a ser disputado o Campeonato Brasileiro. O Corinthians conseguiria, nas duas primeiras edições, o 4º lugar. Nos dois anos seguintes suas campanhas não tiveram tal nível, melhorando em 1975 quando o clube alcançou a 6ª colocação, porém em 1976 o clube conseguiria sua melhor colocação até então, alcançando o 2º lugar.
[editar] A invasão corintiana
Crystal Clear app xmag.pngVer artigo principal: Invasão corintiana
Nas semifinais de 1976, o Corinthians enfrentou o Fluminense. No dia 5 de dezembro, se disputaria, no Estádio do Maracanã (no Rio de Janeiro) a segunda partida dessa fase da competição. A equipe 'mandante' era o Fluminense, já que a primeira partida foi disputada em São Paulo. Porém, os corintianos, apoiados por torcedores de outras equipes do Rio de Janeiro, compareceram em grande número, chegando a dividir as localidades do estádio com os seguidores da equipe local. Esse fato ficou conhecido como a Invasão corintiana…[39] A partida resultou na classificação do Corinthians para a final, onde terminou sendo derrotado pelo SC Internacional de Porto Alegre.[40]
[editar] 1977 - 1981: Fim da angústia
No dia 13 de outubro de 1977, no Estádio do Morumbi, o Corinthians, comandado pelo saudoso técnico Osvaldo Brandão (o mesmo técnico do título de 1954), voltaria a ser Campeão Paulista após mais de duas décadas, ao vencer a Ponte Preta por 1 a 0 no terceiro jogo da final, com gol de Basílio.[41] Na penúltima partida da final, que ocorreu no dia 9 de outubro, foi estabelecido o recorde de público do Estádio do Morumbi em um jogo de futebol, ao haver 147.032 pessoas presentes na ocasião.[42]
[editar] 1981 - 1985: A democracia corintiana
Crystal Clear app xmag.pngVer artigo principal: Democracia Corintiana
Sócrates, ídolo do Corinthians na década de 1980.
Após quebrar o 'jejum' de títulos paulistas, o Corinthians emplacou na década de 1980 um movimento inovador no futebol mundial, conhecido como democracia corintiana.[nota 12] O movimento teve como marco a luta de um grupo de jogadores por maior democracia dentro do clube, presidido por Vicente Matheus - no cargo desde 1972.
Em 1981, o Corinthians teve uma de suas piores temporadas de sua história. O time terminou na 26ª posição no Campeonato Brasileiro, e amargou um oitavo lugar no Campeonato Paulista. Este mal desempenho no estadual levou o time para a disputa da Taça de Prata de 1982, equivalente atual da segunda divisão nacional.[nota 13]
Em abril de 1982, Waldemar Pires foi eleito o novo presidente do clube, encerrando o reinado de Vicente Matheus. Pires descentralizou as decisões da diretoria, nomeando vice-presidentes que assumiram setores específicos do clube. Sérgio Scarpelli cuidava das finanças e Washington Olivetto respondia pelo marketing. Foi criado o cargo de diretor de futebol para fazer a ponte entre os jogadores e a diretoria. O indicado para o cargo foi o sociólogo Adílson Monteiro Alves, um cartola inexperiente, mas que sabia ouvir as reivindicações dos jogadores.[43] Entre eles estavam os politizados Sócrates, Wladimir[nota 14] e, mais tarde, Casagrande.[43]
Foi aí que teve início a revolução que, entre outras medidas, liberava os atletas casados da obrigatoriedade da concentração. Todas as decisões eram resolvidas através do voto, das contratações ao local de concentração, além dos próprios atletas se sentirem noDireito de discutir questões de interesse da sociedade civil.[44]
Em campo, a autogestão rendeu o bicampeonato no Campeonato Paulista de 1982 e 1983. No Campeonato Brasileiro, a equipe dirigida pelo técnico Mário Travaglini disputou a Taça de Prata, equivalente da segunda divisão, mas os melhores colocados da primeira fase se classificavam para a segunda fase da Taça de Ouro, a divisão principal, e o Corinthians chegou às semifinais do Campeonato Brasileiro de 1982.[43]
O bom desempenho de atletas como Biro-Biro, Ataliba, Zé Maria, Zenon e Eduardo dentro de campo foi fundamental para legitimar o movimento. No começo, muitos jogadores sentiam receio em manifestar suas idéias, mas com o tempo, ganharam funções fora do gramado. Mas o movimento não era unanimidade. O goleiro Leão, um dos jogadores mais importantes da campanha do Corinthians no Paulista de 1983, não se dava bem com Sócrates e companhia e tinha fama de contra-revolucionário.[43] Outro que tentou tumultuar o ambiente era o ex-presidente Vicente Matheus.[43]
A Democracia entrou em declínio a partir de 1984, quando Sócrates foi para jogar na Fiorentina, da Itália, e Casagrande foi emprestado para o São Paulo. Em 1985, Waldemar Pires tentou eleger Adílson Monteiro Alves como sucessor, mas foi derrotado por Roberto Pasqua. Era o fim da Democracia Corintiana.[43]
[editar] 1985 - 1993: A volta de Matheus e o título brasileiro
Marlene Matheus assumiu a presidencia após a saída de seu marido, Vicente Mateus
Com o fim da Democracia Corintiana, o Corinthians retomou os velhos princípios que regiam o comando do clube antes deste movimento. Em 1987, novas eleições presidenciais e Roberto Pasqua foi derrotado por Vicente Matheus. Em 1988, o clube conquistava seu 20º campeonato estadual.
Depois de uma temporada em branco, o Corinthians conquistaria em 1990 um dos títulos mais importantes de sua história. Dirigida pelo técnico Nelsinho, a equipe faturou seu primeiro Campeonato Brasileiro. Depois de uma campanha regular na fase de classificação, o time do Parque São Jorge derrotou Atlético Mineiro e Bahia nas quartas e semifinais, respectivamente, e chegou pela segunda vez em sua história à decisão do nacional. O meio-campo Neto foi o grande destaque corintiano nestas partidas decisivas. Na decisão, o Corinthians enfrentaria o São Paulo, tido como favorito na decisão,[45] em duas partidas no Estádio do Morumbi. No primeiro duelo, realizado no dia 9 de dezembro, o time do Parque São Jorge venceu por 1 a 0, com um gol do volante Wilson Carlos Mano.[46] Na segunda partida, em 16 de dezembro, novamente prevaleceram o talento do meia Neto, a agilidade do goleiro Ronaldo e a raça dos volantes Márcio Bittencourt e Wilson Mano sobre o time de Zetti, Cafu, Leonardo, Raí e companhia.[45] Diante de um público de mais de 100 mil pessoas no Morumbi, o atacante Tupãzinho tabelou com o atacante Fabinho e mandou a bola para as redes de Zetti, aos 9min do segundo tempo, de carrinho, em meio à gigante zaga são-paulina.[45]
Com as duas vitórias, o Corinthians se sagrava campeão brasileiro pela primeira vez e ganhava o direito de disputar, pela segunda vez em sua história, a Taça Libertadores da América do ano seguinte. Em 1991, o Corinthians não conseguiu repetir a temporada anterior. Apesar de iniciar a temporada com a conquista da Supercopa do Brasil, contra o Flamengo (campeão da Copa do Brasil de 1990), o time do Parque São Jorge fracassou na disputa dos títulos estadual, do nacional e do continental. No Paulista, o clube foi derrotado na final, diante do São Paulo. Na Libertadores, após uma campanha regular na fase de classificação, o clube caiu diante do Boca Juniors nas oitavas-de-final. No Brasileiro, o clube sequer chegou na fase semifinal, ficando em quinto lugar na classificação geral.[47] Ainda naquele ano, Vicente Mateus deixou a presidência corintiana. Sua esposa, Marlene Matheus, assumiu o clube e ficaria no cargo até 1993.
[editar] 1993 - 2007: Era Dualib
Alberto Dualib e Lula.
Em 1993, em nova eleição o presidente eleito seria Alberto Dualib, e o clube conquistaria nos anos seguintes o Campeonato Paulista de 1995 e o seu primeiro título na Copa do Brasil e de forma invicta..[48] Mesmo assim, Dualib imitou a iniciativa do Palmeiras em filiar o clube a um parceiro,[49] que na época tinha um acordo com a Parmalat.
Com isso, veio o primeiro parceiro da Era Dualib, assinado em janeiro de 1997, com o Banco Excel, que patrocinaria sua camisa, por R$ 12 milhões (R$ 5 mi no primeiro ano e o restante parcelado no seguinte). Mário Sérgio, ex-jogador de futebol e treinador do Alvinegro entre 1993 e 1995, foi quem ficou encarregado de gerenciar o futebol e as contratações da equipe. Para causar impacto o banco apostou na chegada de Túlio Maravilha,[50] vindo do Botafogo onde acabará de fazer 100 gols no ano. Outros grandes reforços foram o zagueiro Antônio Carlos, e o volante Rincón e o atacante Edílson.
O primeiro resultado da associação veio logo em junho, com o título paulista. A conquista, aliás, acabou ajudando a abafar a participação de Dualib no "Escândalo Ivens Mendes"[51] - famoso caso em que Dualib foi flagrado em conversa telefônica com então o presidente do Atlético-PR, Mario Celso Petraglia, sobre dinheiro que doaria para a campanha política de Ives Mendes, candidato a deputado federal.
Em 1998, o clube se reforçou com a chegada do técnico Vanderlei Luxemburgo e se aliava com Gamarra, Marcelinho Carioca, Vampeta e Ricardinho. Com isso, o Corinthians voltou a ganhar o Brasileirão. Mas, já no segundo semestre, vivia a incerteza da continuação da parceria. O Excel faliu e foi comprado pelo espanhol Bilbao Vizcaya. Os estrangeiros decidiram não continuar investindo no futebol e apenas cumpriram o contrato até o fim: em dezembro de 1998. A parceria, porém, só foi definitivamente encerrada em janeiro de 1999, depois que o HTMF, que seria a nova parceira do clube, quitou uma dívida do clube com o parceiro anterior.
Com os boatos da falência do Banco Excel, o novo parceiro seria o Banco Icatú,[52] onde suas intenções em patrocinar o Corinthians foram revelada oficialmente no fim de 1998, mas as negociações já aconteciam nos oito meses anteriores.
Dida foi Campeão Brasilero em 1999 e Mundial em 2000
No papel, a parceria Corinthians-Icatú duraria dez anos, com chance de renovação por mais 20. O banco gerenciaria o departamento de futebol, e, em troca, ficaria com todas as receitas geradas pelo setor. A partir do terceiro ano de parceria o Corinthians passaria a ter participação nos lucros e não precisaria se preocupar com eventuais dívidas. Estava nos planos a construção de um estádio para 45 mil pessoas e a conclusão das reformas do CT de Itaquera. A parceria inclusive teria ajudado no contrato com a Embratel em 1998, porém desentendimentos entre a diregencia do clube e o banco fizeram não sair do papel.
Mal acabou a parceria com o Banco Excel e logo acertou com o Hicks, Muse, Tate & Furst Incorporated - HTMF[53] (atual Traffic) em abril de 1999. Apesar de a verba ser maior do que a de Icatú e Excel (R$ 100 milhões só no primeiro ano, incluindo despesas para sanar dívidas, acertar contratações,finalizar CT de Itaquera e claro com a construção de um estádio), os moldes eram parecidos e também duraria, inicialmente, dez anos - com chance de renovação por mais dez.
A principal medida decorrente da parceria foi a transformação do departamento de futebol corintiano em empresa, com o nome "Corinthians Licenciamento Limitada Hicks Muse". Em troca dos investimentos milionários para formar equipes vencedoras, o Timão teve de ceder em alguns pontos, como, por exemplo, deixar de lucrar em transferências. Na hora de vender jogadores contratados já na época do HTMF, o clube ficava com apenas 15% do total. E os lucros com revelações que surgissem no período da parceria eram divididos em 50% para cada uma das partes.
Com a base montada já pelo Excel, trouxe mais reforços e transformou o time num verdadeiro esquadrão, porém o ano começou com baixa com a saída de Luxemburgo, que foi comandar a seleção brasileira, mas com os reforços de Dida, Luizão, Fernando Baiano e Fábio Luciano. Mesmo assim, a equipe faturou o Paulistão e o Brasileirão de 1999. Por ter sido campeão brasileiro do país sede (Brasil) ganhou o direito de participar do primeiro Mundial de Clubes, reconhecido pela FIFA em 2000, onde venceu o CR Vasco da Gama nos penaltis e se sagrou campeão.
Fora de campo outro destaque. Em 2000 o deputado estadual paulista Afanásio Jazadji (PFL) submeteu o projeto de lei nº160 com o objetivo de declarar o Corinthians patrimônio cultural, social e esportivo do estado.[54]
Após a eliminação da equipe na Copa Libertadores da América desse mesmo ano pelo Palmeiras na fase semifinal, vários jogadores, como Marcelinho Carioca e Edílson, e o técnico Oswaldo de Oliveira saíram do clube. Com isso, a equipe terminou na penúltima colocação do Campeonato Brasileiro de 2000, chegando a perder nove partidas consecutivas.[55]
Mesmo com a saída de grandes jogadores, o clube ganharia o Paulistão de 2001, e no ano seguinte, comandada por Carlos Alberto Parreira, a equipe alcançou sua quinta conquista do Torneio Rio-São Paulo, vencendo o São Paulo FC, em 2002. No mesmo ano, o clube venceu a Copa do Brasil, derrotando o Brasiliense na final. A Copa do Brasil marcou o fim da parceria com a HTMF, após uma sequência vitoriosa de títulos.
Já sem parceiro, o clube chegou às finais do Campeonato Brasileiro, mas acabou derrotado pelo Santos FC..[56]
Em 2003, o clube conquistaria seu 25º Campeonato Paulista de futebol (último conquistado pelo clube desde então), mas o ano terminaria com a eliminação da equipe na Taça Libertadores da América e com uma 11ª colocação no Campeonato Brasileiro.
O presidente Lula recebe o Corinthians no Planalto.
A última parceria foi com a Media Sports Investiment - MSI, aprovada numa reunião conturbada do Conselho Deliberativo, em novembro de 2004. Os opositores do MSI reclamavam principalmente por não saber a origem do dinheiro e por suspeitar que seria ilícito, dúvida que ganhou mais força em 2007.O acordo determinava que a parceria deveria durar dez anos, e o grupo comprometeu-se a cuidar do departamento de futebol profissional do clube contratando atletas, pagando salários, dívidas, e prometendo a construção de um estádio[57]
A parceria tinha como principais nomes Boris Berezovsky, magnata russo que está exilado em Londres, procurado por fraudes em seu país de origem, seria o verdadeiro investidor corintiano. O iraniano Kia Joorabchian, que ainda é, pelos menos oficialmente, presidente do MSI, é considerado apenas um laranja. O parceria tinha também como aliado o dono do Chelsea, Roman Abramovic.
A parceria mal começou e Berezovsky e Kia, ao lado de Alberto Dualib, Nesi Curi e outros membros da parceria, eram acusados pela Justiça de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
A MSI pareceu no começo, uma "parceria dos sonhos" contratando jogadores a peso de ouro, como o argentino Carlitos Tevez e Mascherano e os brasileiros Nilmar, Roger, Carlos Alberto e Gustavo Nery (onde todos os brasileiros estavam em clubes europeus). Com isso, o time ganhou o apelido de "galácticos", em comparação ao também time de grandes jogadores do Real Madrid, onde o time tinha o mesmo apelido.
No dia 4 de dezembro de 2005, o Corinthians alcançou seu quarto título brasileiro na cidade de Goiânia, mesmo perdendo para a equipe do Goiás, já que o SC Internacional, única equipe que ainda possuia possibilidades de ser campeã, junto ao Corinthians, perdera sua partida em Curitiba.[58]
Com a conquista, os jogadores foram até o Palácio do Planalto visitar o presidente da República Lula, que é torcedor do Corinthians.[59]
A chegada de Leão coincindiu com a saída dos principas craques do clube
O ano de 2006 a parceira investiu menos que no ano anterior, mas além de manter a maior parte do elenco do ano passado (o goleiro Fábio Costa, que foi para o Santos foi a mais sentida), o clube apostou na volta de Ricardinho, que estava no Santos, e nas promessas Ramon e Renato, do Atlético-MG, além de outros jogadores menos badalados.
Com o grande objetivo em conquistar a América, o clube foi novamente eliminado da Taça Libertadores, pelo River Plate da Argentina nas oitavas-de-final, assim como em 2003. Revoltados, muitos torcedores tiveram um grave enfrentamento com a polícia dentro do próprio Estádio do Pacaembu na tentativa de invadir o campo de jogo, provocando o encerramento antecipado da partida..[60]
A primeira fonte de desentendimento foi a volta de Marcelinho Carioca, bancada pelo presidente do clube e não pela parceria que deveria ser a responsável pelas contratações. Porém, problemas dentro de campo (mau desempenho nos campeonatos e desentendimentos de jogadores entre si e do ídolo Tevez com a torcida), como fora (o técnico Emerson Leão se desentendia com os argentinos[61] e depois com C. Alberto, Kia e Dualib estavam rompidos, não havia mais tanta injeção de dinheiro como antes etc). O clube passou o ano em branco e viu seus principais jogadores saírem em agosto na janela de transferência para o mercado europeu (Tevez e Mascherano foram para o desconhecido West Ham da Inglaterra), quanto no final de ano (Carlos Alberto, Gustavo Nery, Sebá, Ramon, Renato entre outros)
Ainda naquele ano, quando o José Serra assumiu a prefeitura de São Paulo, foi criado o Dia do Corinthians, no dia da fundação do clube, 1º de setembro.
[editar] 2007: Troca de Presidente e Rebaixamento
Andrés Sanchez, atual presidente do Corinthians.
Em 2007, a crise entre a parceria e o clube se concretizava com as poucas contratações feitas. Após o Campeonato Paulista, os poucos jogadores que chegaram por intermédio da MSI, como Roger, Amoroso, Marcelo Mattos e Magrão, deixaram a equipe. O clube então apostou em vários atletas do Bragantino, equipe semifinalista do Campeonato Paulista, e recebeu de volta o emprestado Gustavo Nery, além de fechar contrato com o experiente volante Vampeta.[62] Para o comando, a saída de Leão foi substituída pelo interino Zé Augusto em uma partida até a chegada de Paulo César Carpeggiani, que não atuava em uma equipe desde 2004.[63]
Em 24 de julho, o Conselho Deliberativo corintiano votou de forma unânime pelo fim do acordo com a MSI, que deveria durar até 1º de dezembro de 2014. Na semana seguinte o presidente Alberto Dualib e seu vice Nesi Cury pediram afastamento da presidência por 60 dias, antes da assembléia do dia 7 de agosto que viria a decidir o afastamento por tempo indeterminado de ambos. Com isso, um dos vice-presidentes, Clodomil Orsi, assumiu interinamente a presidência corintiana.[64]
Com as saídas de Carpegiane,[65] o clube trocaria de técnico mais duas vezes Assumindo José Augusto,[66] treinador nas categorias de base corintianas, que comandou a equipe até setembro,[67] quando foi substituído por Nelsinho Baptista.[68]
Mesmo com a ameaça de rebaixamento, a torcida permaneceu apoiando o time
Ainda nesse mês, Alberto Dualib renunciou definitivamente à presidência do Corinthians, após sofrer pressão da diretoria para deixar o cargo ao ser acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.[69] Após isso, foi aberto o processo para novas eleições, realizadas em 9 de outubro. A vitória foi de Andrés Sanchez, ex-aliado de Dualib e da MSI.[70]
Constantemente ameaçado em cair para a Série B, o clube caiu para a segunda divisão no dia 2 de dezembro de 2007, após o empate com o Grêmio, e a vitória do Goiás sobre o Internacional, após o arbitro voltar dois penaltis a favor do Goiás, que o goleiro Clemer havia defendido. O clube então acabou terminando a competição na 17ª colocação, sendo rebaixado à Série B do Campeonato Brasileiro.[71][72] Em contraste, a equipe Sub-17 conseguiu seu terceiro título do Campeonato Paulista,[73] completando uma série de 56 partidas sem derrota.[74]
[editar] 2008: O Ano da Superação
A torcida sempre esteve ao lado do time durante a passagem pela Série B
Após o rebaixamento em 2007, o Corinthians se prepara para um ano de mudanças e transformações. A começar pela direção, com as saídas de Alberto Dualib e Nesi Cury em definitivo do clube[75] e a contratação do diretor técnico de futebol, o ex-jogador Antônio Carlos, que já teve uma passagem pelo clube em 1997 onde foi Campeão Paulista. A presidência provisória do time ficou nas mãos de Andrés Sanchez,[76] que tempos depois seria eleito presidente do clube, ao lado de seu vice de futebol Mario Gobbi Filho.
Com um lema de "Renovação e Tranparência", Andrés Sanchez deu uma nova cara ao clube. Projetos de marketing, como camisas comemorativas, celulares, viagens, planos de ingressos entre outros, inexistentes em outras diretorias foram criados e bem adotadores pela torcida.
A primeira mudança do time em campo foi a contratação de um novo técnico, o que já se especulava ainda no ano passado, onde muitos diziam que mesmo que o clube escapasse do rebaixamento, o então técnico Nelsinho Baptista não ficaria no comando do clube. O escolhido foi Mano Menezes, que já havia conseguido o título da 2ª divisão em 2005 com o Grêmio.
Após um pacotão de contratações e uma lista enorme de dispensas, o destaque ficou pela permanência de Felipe,[77] ídolo da equipe ano passado mesmo com o rebaixamento.
Com um elenco ainda recente, o Corinthians conseguiu ficar em 5º lugar no Campeonato Paulista e chegar a final da Copa do Brasil. Destaques para a estreia do Paulistão com oito novos jogadores, e que mesmo assim consegui vencer o Guarani por 3 a 0, e as oitavas-de-final da Copa do Brasil, onde após perdeu o primeiro jogo para o Goiás por 3 a 1 a torcida lotou o Morumbi no jogo da volta, e a equipe se classificou com uma goleada de 4 a 0,[78][79] onde torcedores e jogadores revidaram as provocações de um dirigente do Goiás, que disse que iria "chupar uvas roxas", após o jogo, em alusão ao 3º uniforme do Corinthians, que era da cor roxa.[80]
No Brasileiro da série B, o time estreou contra o CRB, no Pacaembú e venceu por 3 a 2. Durante toda a competição, a torcida mostrou o seu apoio ao time do coração, lotando os estádios por onde o Timão jogava, dentro ou fora de São Paulo, e criando "hits" que ficaram famosos inspirados em grandes cantores como Roberto Carlos, e Tim Maia. A equipe se classificou muito antes do esperado na 32ª rodada após vencer o Ceará por 2 a 0,[81] (a 6 jogos do fim da competição e 11 pontos do segundo colocado). Dois jogos depois, contra o Criciúma o time venceu por 2 a 0, e conquistou o título.[82]
Nos últimos jogos o clube teve a participação de líderes de torcida, comuns no Estados Unidos, em esportes como basquete, baseball e futebol americano. No ano seguinte as líderes de torcidas se tornariam comuns durante o Campeonato Paulista, com todas as equipes do campeonato.
Em 9 de dezembro de 2008, o presidente corintiano Andrés Sanchez através do site oficial do clube acertou a contratação do atacante Ronaldo Luis Nazário de Lima, o "Ronaldo Fenômeno" que acertou a sua volta ao Brasil depois de 14 anos[83] pelo Corinthians.[84][85][86][87][88] Em 12 de dezembro, a diretoria organizou uma festa pela chegada do jogador no clube com a presença de torcedores no Estádio Alfredo Schürig,[89] com ingressos com o valor de 1 kg de alimento não-perecível doados as Casas André Luiz. O contrato só viria a ser assinado em 17 de Dezembro com a presença da diretoria e da imprensa.[90]
[editar] 2009: O "Coringão" Voltou
No ano de 2009 tinha tudo para ser apenas o ano do retorno a Série A, mas está sendo além disso. Antes de sua reestreia no Campeonato Brasileiro da Série A, disputou o Campeonato Paulista, sagrando-se campeão de forma invicta, com o Fenômeno Ronaldo sendo eleito o melhor jogador da competição. Ainda em 2009, o Corinthians conquista a Copa do Brasil ao empatar com o Internacional no Estádio Beira-Rio por 2 a 2 (no jogo de ida o Corinthians havia vencido por 2 a 0). Além do título, o Corinthians garante uma vaga na Copa Libertadores da América de 2010.
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