sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Alice e o Realejo Encantado

Os espetáculos se dão através de Atos, sendo cada espetáculo um Ato. Todos os Atos vão decorrer de acordo com a história da “Alice e o Realejo Encantado”.

História

Alice e o Realejo Encantado

Num cortiço acinzentado, lá no centro da cidade de São Paulo, mora um velho de mais de sessenta anos. Chama-se Seu Januario. Quem passa pela calçada e o vê na janela, de lápis e papel na mesa de óculos na ponta do nariz, segue seu caminho pensando:
“Que tristeza viver assim tão sozinho nessa cidade carbonizada...”
Mas engana-se. Seu Januario é o mais feliz dos vovôs, por que vive em companhia da mais encantadora neta – Alice, a menina que gosta de beijar cigarras. Alice tem dezesseis anos, está sempre de cabelos trançados, e já sabe fazer brigadeiro de panela.
Na casa ainda existe mais alguém. A Cuíca, a cachorra vira lata que a Alice encontrou na rua ainda filhote toda machucada e a cigarra Anna Nuvem. A cigarra, Alice encontrou num terreno baldio que estavam desapropriando para construir um estacionamento, Alice ficou com medo da cigarra se machucar e resolveu levá-la para seu apartamento. Alice então pegou a caixa de sapatos do avô, encheu-a de matinhos e deixou a caixa pertinho da janela onde o avô tem o habito de desenhar. Alice gosta muito dela, toda manhã acorda com a cigarra cantando.
Alem da cigarra e a Cuíca, o outro encanto da menina é a pracinha que fica a três quarteirões de seu apartamento. Lá aparecem pessoas de todos os jeitos, mas o que chama a atenção da menina é o Realejo.
Todas as tardes, Alice toma a Cuíca e a Cigarra e vai passear na pracinha, onde adora pisar em folhas secas. A menina da saltos como se quisesse alcançar o céu e o som das folhas se desfazendo deixava Alice maravilhada. No percurso, Alice sempre para enfrente aos postes e muros do quarteirão, sempre acha muito bonito as fadinhas que lá vê grudadas. A menina fica mordida de curiosidade de saber quem é que as desenha.
Uma vez, depois de passar horas pisando em folhas secas, Alice sentiu os olhos pesados de sono. Deitou na grama com a cigarra e a Cuíca e ficou seguindo as nuvens que passeavam pelo céu, formando ora castelos, ora prédios. E já ia dormindo embalada pelo som do realejo, quando sentiu puxar uma de suas tranças. Arregalou os olhos: um passarinho de rabo longa e verde tentando abrir voou com uma das tranças de Alice no bico.
A calda longa mais parecia uma fita de cetim, mas la no céu parecia uma rabiola de pipa . O passarinho tentava abrir voou como se a quisesse levar Alice a algum lugar.
A menina reteve o fôlego de medo de assustá-lo e devagarzinho foi se levantando seguindo o passarinho ao destino que ele tanto queria. A menina mais parecia que estava sendo puxada pela orelha, sendo castigada pela mãe depois de aprontar.
Depois de algumas voltas pela praça o passarinho larga da trança de Alice bem em frente do Realejeiro, que ao avistar o passarinho já vinha tagarelando.
- Ai esta você então não é seu fujão. Você vai começar a tirar a sorte das pessoas com esse realejo trancado a partir de agora.
- Menina, muito obrigada por me trazê-lo de volta.
- Meu nome é Alice.
- Belo nome Alice. Em gratidão vou tirar a sua sorte.
Dessa vez, trancado no realejo, o passarinho tirou a sorte de Alice. A menina pois a pegar o bilhete, mas o passarinho preocupado em roubar a sorte da menina, rasga ao papel ao meio, um pedaço no bico do passarinho e outro pedaço na mão de Alice. Dessa maneira o Realejeiro não consegueria roubar a sorte da menina.
Não é a toa que o passarinho simpatizou-se com a menina. Alice é filha de um cata vento que de tristeza foi morar na lua. Cata Ventos são seres humanos que ficam flutuam a cinco metros do solo, eles não conseguem pisar em terra firme. A única maneira de fazer um Cata Vento descer ao solo é um sentimento puro e muito forte por outro ser humano comum. E foi o que aconteceu com o pai da menina, que se apaixonou por sua mãe e tiveram Alice, mas quando a menina nasceu sua mãe não agüentou o parto e morreu e de tristeza o Pega Vento foi morar na lua e não voltou nunca mais. De vez em quando pra se distrair ele arremeça estrelas pelo céu como se jogasse pedras no rio.
O passarinho pertencia a este Cata Vento que depois de abandonado foi capturada pelo Realejeiro para roubar a sorte das pessoas.
O Realejeiro, ex-malabarista, que depois que o circo pegou fogo e todos morreram, ficou de triste mal-encarado e vendo um lindo passarinho livre e solto resolveu prende-lo por invejar toda aquela liberdade e jogou uma maldição no qual o passarinho roubaria a sorte das pessoas, pois assim o Realejeiro achava que teria de volta todas as risadas e alegrias que provocou nas pessoas quando era malabarista.
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Alice nunca soube de seus pais, seu avô nunca falou nada sobre eles. Isso fez com que a menina sonhasse e imaginasse historias surreais. Mas por mais que sua imaginação fosse assim tão fértil, Alice sempre foi uma menina muito especial, quando bebê, flutuava quando soluçava. Na escola sempre ficava em primeiro lugar nos campeonatos de salto ao alto, sempre deu saltos gigantes com a maior facilidade.
Bom, mas voltando ao que estava acontecendo na Praça com Alice e o Realejeiro, logo que o papel partiu-se ao meio, Seu Januario apareceu na esquina da Praça e poisse a chamar a menina. Alice mesmo com o papel rasgado se despediu rápido e correu até o avô.
Os papeis que o periquito tirava eram cartas de um oráculo, o oráculo das ilusões. A carta que a menina tirou era a carta curinga, a única carta que não lhe roubava a sorte. O Realejeiro percebendo que a sorte da menina não lhe foi tirada, passa então a perseguir a menina, que depois desse dia, passou a excursar com o avô por lugares que nunca havia conhecido.
A primeira viagem seguiram para o interior de São Paulo, lá se depararam com o caipira o Seu Botuca. Ficaram lá por uma semana, tempo o suficiente para conhecerem a historia dos caipiras. A menina transtornada com a historia desse povo Poesse a


O passarinho pertencia a este Cata Vento que depois de abandonado foi capturada pelo Realejeiro para roubar a sorte das pessoas.
O Realejeiro era ex-malabarista, que depois que o circo pegou fogo e todos morreram, ficou de triste mal-encarado e vendo um lindo passarinho livre e solto resolveu prende-lo por invejar toda aquela liberdade e jogou uma maldição no qual o passarinho roubaria a sorte das pessoas, pois assim o Realejeiro achava que teria de volta todas as risadas e alegrias que provocou nas pessoas quando era malabarista.
Da para brincar com a questão do malabarista. Por que ele tinha de ser Malabarista e não o palhaço. Que simbologia o Equilibrista pode passar? A questão do equilíbrio? Do ser humano está em todo momento encima da corta, ou com a corda no pescoço, ou onde ele quiser?
Alice nunca soube de seus pais, seu avô nunca falou nada sobre eles. Isso fez com que a menina sonhasse e imaginasse historias surreais. Mas por mais que sua imaginação fosse assim tão fértil, Alice sempre foi uma menina muito especial, quando bebe, flutuava quando soluçava. Na escola sempre ficava em primeiro lugar nos campeonatos de salto ao alto, sempre deu saltos gigantes com a maior facilidade.
Bom, mas voltando ao que estava acontecendo na Praça com Alice e o Realejeiro, logo que o papel partiu-se ao meio, Seu Januario apareceu na esquina da Praça e, pois se a chamar a menina. Alice mesmo com o papel rasgado se despediu rápido e correu até o avô.
O passarinho foi levar parte do papel para o Cata Vento na lua. O Cata Vento vendo que era o papel de sua filha pois-se logo tomar uma atitude.
Perder-se na própria liberdade...

O passarinho foi levar parte do papel para o Cata Vento na lua. O Cata Vento vendo que era o papel de sua filha pois-se logo tomar uma atitude.
Perder-se na própria liberdade...
Botar simbologia nos personagens, a cigarra canta e com o tempo morre explodindo. Por que duas cigarras e femininas.
O cachorro viralata é a figura do vagabundo.
A cuíca gosta de brincar de lata.
O personagem misterioso é o que desenha fadas.
Alice nunca viu fada. As fadas da vida de Alice eram as fadas que colavam as folhas nos postes.

Encarnado – vermelho encarnado
A idade de Alice – brincar com a questão da numerologia p ficar mais místico, dentre 18 anos.
O passarinho representando a liberdade o encantamento.

Da para brincar com a questão do malabarista. Por que ele tinha de ser Malabarista e não o palhaço. Que simbologia o Equilibrista pode passar? A questão do equilíbrio? Do ser humano está em todo momento encima da corta, ou com a corda no pescoço, ou onde ele quiser?


É que pensei numa definição comum ao palhaço e ao malabarista, uma avesso da outra.
Malabarista: é a Busca do Equilíbrio na Corda Bamba da Vida.
Palhaço: é a Vida Bamba da Corda no Equilíbrio da Busca.

Aline, li a história que você mandou.

Pensando a partir das análises de Deleuze, em " Lógica do Sentido", daria pra começar brincando com o título: Alice e o Realejo ENCARNADO...
Deleuze apresenta três imagens de filósofos: os das profundezas (pré-socráticos); os das alturas (platônicos) e os das superfícies (estóicos). Segundo Deleuze, o sábio estóico quer o acontecimento, a cada instante. Ele procura "encarná-lo" de tal maneira, que inaugura um estranho mecanismo de "identificação", não mais com suas próprias obras, mas com as singularidades impessoais que cruzam seu caminho existencial. O sábio estóico é filhos dos acontecimentos (pré-pessoais) que o levaram às suas obras.
Quer dizer, há aí uma distinção entre acidente (o que acontece, impessoal) e acontecimento (algo naquilo que acontece que implica alguma relação pessoal, bastante peculiar). Esse querer o acontecimento, presente na postura filosófica dos estóicos, implica uma experimentação espaço-temporal "intensa e tensa" do instante que, segundo Deleuze, talvez tenha pararelo apenas no Zen (o arqueiro, que ao atirar a flecha, busca o alvo em si mesmo) e inaugura o gênero humorístico dentro da filosofia, em detrimento da ironia socrática e do sarcasmo platônico.

É que, como você poderá conferir, Deleuze anuncia (no final do prefácio), que aquele livro é um ensaio sobre lógica e psicanálise. E o que está na fundação de todos os temas desenvolvidos ao longo dos capítulos (designados como "séries"), e que se " amarram" nos textos apresentados nos dois apêndices, é a doutrina filosófica dos Estóicos.

Quanto à figura do palhaço e do equilibrista, sugiro que assista ao file de Chaplin "O Circo". Alí fica claro que o palhaço é o astro das superfícies, que por reconhecer-se como ser limitado dentro de sua humanidade (como diria Nietzsche: Humano, demasiado humano) é que se faz palhaço. O que ele é, de fato, é o grande DESequilibrista Da corda bamba Na vida, porém do outro lado do espelho...

Bem, são algumas coisas que me ocorreram.
Espero que você consiga se empenar em seu trabalho!
Beijo.
Marcelo

Quanto ao livro de Gilles Deleuze, da editora Perspectiva, chama-se "Lógica do Sentido".
Vou imprimir para ler o arquivo que você ma mandou. Será um prazer, desde já, e ainda maior se eu puder ajudar.

Saudações espaciais.
Marcelo


Filhos da vanguarda paulistana.

Lançar a banda por um filme.

Personagem Alice.

O filme é em torno de um processo de criação de uma historia que inconscientemente encanta um cotidiano.
Tantos motivos
Duas formas para tornar-se famoso.

Uma é fazer o Dentinho vestir uma camisa com o nome da banda.


O filme começa comigo reclamando que ta foda. Posso estar no telefone conversado com a Inayara.
Eu vou usar esta idéia para o contexto do filme e também como estratégia para meu grupo ficar famoso.


70 páginas datilografadas com espaçamento entre linhas 1,5, fonte courier ou courier new, tamanho 12 e formato A4.
O Realejeiro vai simbolizar toda essa engrenagem do sistema.

Como a historinha pode entrar? Como o projeto em si pode entrar no filme? Como as pessoas ao meu redor podem entrar no filme?

A historia pode ser escrita no percurso do filme, mostrando o processo de criação mesmo.
Termina-se o filme e começa a banda, isso dentro dos espaços que forem passar o filme (cinema, etc).
A hisotrinha pode ser botada em pratica lendo-a para uma criança, o Darue, Allan, Lorena. Se a criança dormir é por que deu certo, funcionou a historia, se a criança chorar é por que ainda não ta boa.
Um dia como se tudo estivesse perdido, eu no quarto triste com uma criança, pego a historia já modificada e começo ler sem pretensão alguma ai a criança dorme.
Vou na casa da Fernanda com o Berimba pra ler a historinha pra Lorena, mas ela chora, o Berimba começa ler sua poesia e a menina dorme. Fico com a boca aberta e a testa frisada e digo que vou melhorar a historia.
Ou as pessoas podem entrar na historia mesmo, a cuíca por exemplo, posso colocar cenas com a Paloma e assim com outras pessoas.




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