Tica, tudo bem?
Conversei um dia desses com você por telefone da UESC. Vou lhe explicar o que está acontecendo.
Estudo na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo – FESPSP. Enviei um projeto com as idéias da monografia que venho desenvolvendo para um edital da Prefeitura de São Paulo chamado VAI – Programa para Valorização de Iniciativas Culturais. O projeto foi aprovado e desde então tenho registrado em documentário algumas manifestações artísticas da cidade de São Paulo. Os resultados da pesquisa me fizeram estender esta preocupação pelo registro para outras localidades. Passei pelo Rio de Janeiro e lá documentei um movimento artístico chamado “Dulcynelandia” que desenvolve um projeto chamado CHUTE, veja o link de uma pequena parte do registro no youtube: http://www.youtube.com/watch?v=ngolq25nM_M&feature=related(Caso não consiga abrir, procure no youtube: Movimento Dulcynelandia CHUTE PARTE 1.)
Não estou sozinha neste projeto. Meu amigo Didi está pesquisando grupos em Minas Gerais, ele conhece bem o circuito lá, por isso vim direto para Bahia. Tenho tido problemas. O VAI financiou o projeto somente dentro da cidade de São Paulo, as viagens tenho eu mesmo financiado. Aonde chego arrumo um emprego provisório pra juntar o valor suficiente para a passagem. Cheguei aqui na Bahia na segunda-feira e já tive minha maquina digital roubada, estou sem material para registro. Tenho medo de me levarem meu leptop. Já espalhei currículos pelo centro de Ilhéus e ainda não consegui arrumar nada. Achei que tivesse conseguido um emprego na lanchonete da rodoviária de Ilhéus, mas quando cheguei lá hoje cedinho ele disse que não precisava mais. Minhas perspectivas em encontrá-la são para conhecer um pouco mais o projeto Ecult e para ver se você me consegue um emprego provisório, às vezes aqui na Universidade. Preciso comprar uma nova maquina digital e uma passagem para Aracaju.
Pelo que pesquisei do Projeto Ecult, foi lançado agora em 2009 um livro “Documentário e Turismo Cultural”. Sei também que o livro contribui para as reflexões sobre a interface entre cultura e turismo a partir do estudo do imaginário de Jorge Amado, tomando o gênero documentário como linguagem de difusão cultural. Achei muito interessante, pois é o caminho que também quero seguir com a construção de nosso documentário, “documentário como linguagem de difusão cultural”. Mas também me apareceram algumas duvidas: o que você classifica como Cultural? O projeto diz que “tem como objetivo a valorização cultural da Região Sul da Bahia”. E como é a forma de planejamento para trabalhar a discussão sobre a identidade dessas culturas. O projeto também diz que um dos objetivos é a discussão sobre sua identidade. “o projeto, que é integrado por 10 sub-ações, tem como objetivo a valorização cultural da Região Sul da Bahia e a discussão sobre a sua identidade”. Jornal da UESC pag:7.
Já conheci dois grupos no qual pretendo trabalhar aqui em Ilhéus. O Núcleo de Produções Artísticas – NUPROART, formado por alunos de Radio e TV da UESC e o outro é o grupo de música “Improviso Nordestino”. Estamos estudando as datas para as gravações. Conheci o professor de Rádio e TV da UESC Marcelo, perguntarei a ele se nos permite utilizar recursos da Universidade. Como disse, não tenho mais minha câmera...
Tica, aguardo sua resposta. Posso encontrá-la dia 5 às 11h00, preferiria encontrá-la antes...
Muito obrigada e espero pode contar com sua ajuda
Grande beijo
Aline Reis
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